Os abrigos da Prefeitura registraram recorde no número de acolhimentos de pessoas em situação de rua, na noite desta segunda-feira (5/8). Foram 501 pessoas atendidas nas unidades mantidas pela Fundação de Ação Social (FAS) para proteger elas do frio intenso. O maior número de acolhimentos tinha ocorrido no dia 16 de julho, quando 498 pessoas dormiram nas unidades municipais.
O aumento de pessoas procurando abrigo em vez de ficar nas ruas desamparadas é fruto da Ação Inverno – Curitiba que Acolhe, que este ano teve início em 20 de maio. Como acontece todos os anos, é feito um reforço na busca e acolhimento de pessoas em situação de rua todas as noites em que a temperatura é igual ou menor a 9 graus.
“Nas noites em que há previsão de frio intenso, trabalhamos com capacidade máxima de abrigo e aumentamos o número de equipes nas ruas, das 18 às 22 horas”, explica o presidente da FAS, Thiago Ferro.
O reforço é feito nesse horário para oferecer atendimento e fazer com que as pessoas estejam protegidas antes da madrugada, quando normalmente são registradas as menores temperaturas. A Prefeitura conta com 1.200 vagas de acolhimento para a população de rua.
Procura espontânea
A maioria das pessoas atendidas durante a noite de segunda-feira (5/8) (423) procurou espontaneamente os abrigos, onde podem dormir em camas aquecidos com cobertores, tomar banho quente, receber roupas limpas e se alimentar, à noite e pela manhã.
As outras 73 pessoas acolhidas foram encontradas pelas equipes da FAS, que percorrem toda a cidade para oferecer acolhimento, e aceitaram ser levadas para as unidades.
Das 18h às 6h, os educadores sociais fizeram 134 abordagens nas ruas, sendo que 111 delas foram solicitadas por meio da Central 156. Em 51 pedidos, as equipes se deslocaram até o endereço indicado, mas não encontraram ninguém.
Apesar do frio, 50 pessoas se recusaram a seguir com as equipes para as unidades de acolhimento e preferiram ficar nas ruas. Foi a terceira noite com menor número de recusas, perdendo apenas para o dia 11 de julho, quando 26 pessoas não aceitaram atendimento. Naquela noite, o número de pessoas acolhidas pelo município também foi menor (454).
Três pessoas foram levadas até unidade de pronto atendimento por estarem com a saúde debilitada e três decidiram voltar para suas famílias, depois de conversarem com os educadores sociais.