Falha elétrica causa a morte de 75 toneladas de peixes no Paraná

Um incidente de grandes proporções abalou a cidade de Nova Aurora, no oeste do Paraná, durante o Réveillon. Conhecida por ser um dos maiores polos de piscicultura do estado, a região registrou a morte de cerca de 150 mil tilápias, totalizando aproximadamente 75 toneladas de peixes. A tragédia aconteceu devido a uma falha no sistema elétrico, que comprometeu a oxigenação de um tanque de criação.

O problema foi detectado na manhã de 1º de janeiro, quando os proprietários da propriedade piscícola encontraram milhares de peixes boiando no açude. Segundo relatos, o sistema elétrico, responsável por manter o oxigênio adequado na água, sofreu um curto-circuito que danificou parte da fiação. Sem a oxigenação necessária, os peixes não resistiram.

A falha foi agravada pela inoperância de um sistema de alarme, projetado para alertar problemas no tanque. De acordo com os responsáveis, o alarme não disparou, provavelmente por falta de carga na bateria. Esse sistema de segurança seria crucial para evitar o desastre, pois poderia ter alertado os responsáveis a tempo de tomar medidas emergenciais.

A remoção das tilápias mortas foi realizada com a ajuda de tratores, numa operação que durou várias horas. Embora ainda não se tenha um cálculo exato dos prejuízos, a perda afeta significativamente a produção local, que é uma das principais fontes de renda da região.

Nova Aurora é um dos destaques na piscicultura paranaense, atividade que coloca o estado entre os líderes nacionais na criação de tilápias. O incidente acende um alerta para a necessidade de revisão e manutenção periódica dos sistemas de suporte, tanto elétricos quanto de segurança, em propriedades desse tipo.

O caso também ressalta a importância de buscar alternativas para mitigar os riscos inerentes à dependência de sistemas elétricos e alarmes automatizados. Até o momento, os proprietários avaliam as medidas a serem tomadas para evitar que uma tragédia semelhante ocorra novamente.

A situação gera grande impacto não apenas econômico, mas também ambiental, reforçando a urgência de soluções preventivas e estruturais para proteger o futuro da piscicultura na região.