Em um caso singular de justiça animal em Ponta Grossa, Paraná, um homem que agrediu seu cachorro com um pedaço de pau fez um acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR) para evitar um processo criminal de maus-tratos. O incidente, ocorrido em junho e capturado por câmeras de segurança, resultou na prisão em flagrante do acusado, que posteriormente obteve liberdade provisória.
Segundo o MPPR, o homem confessou as agressões e assinou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), comprometendo-se a pagar uma multa de R$ 2 mil. Este acordo, contudo, não o exime da responsabilidade na esfera Cível, onde ele enfrenta um processo por danos morais.
O cachorro, batizado de Tokinho, tornou-se uma figura central neste episódio jurídico incomum. Em outubro, a Justiça aceitou Tokinho como autor em um processo Cível que reivindica indenização por dano moral. Os advogados envolvidos no caso, representando Tokinho e a ONG Grupo Fauna de Proteção aos Animais, estão buscando a indenização por danos morais, com uma audiência de conciliação já agendada.
O caso ganhou um novo capítulo quando Tokinho, após ser resgatado e tratado pela ONG Grupo Fauna, foi adotado por um casal de professores de Ponta Grossa. O cão, agora chamado Floquinho, vive felizmente com seus novos tutores e uma outra cachorra adotada, Minnie.
Os advogados, liderados por Isabella, expressaram a intenção de recorrer contra o acordo firmado no processo criminal, argumentando que o acusado deve ser responsabilizado por seus atos de crueldade contra o animal. Eles enfatizam que o objetivo é garantir que o homem enfrente as consequências legais pelo crime de maus-tratos, um posicionamento que ressalta a gravidade do ato e a necessidade de justiça para o animal agredido.