A recente instalação de uma escultura promocional da marca Ypê em Salvador, Bahia, desencadeou uma onda de críticas e acusações de racismo. A obra, que representava uma mão negra segurando um produto de limpeza da empresa, foi rapidamente retirada da Avenida Oceânica, uma área nobre da cidade, após a repercussão negativa.
A controvérsia ganhou destaque quando a professora Bárbara Carine, da Universidade Federal da Bahia, expressou sua indignação em um vídeo no Instagram. Carine condenou a peça por perpetuar estereótipos racistas, associando pessoas negras a papéis subalternos e de serviçais. Em suas palavras, a escultura simbolizava “a mão visível do racismo”, reforçando uma imagem degradante e desrespeitosa.
Em resposta às críticas, a Química Amparo, empresa responsável pela marca Ypê, emitiu uma nota oficial. Nela, afirmaram repudiar qualquer forma de preconceito e racismo. A empresa explicou que a escultura fazia parte de uma campanha nacional inspirada no personagem Mãozinha da série “A Família Addams”. Segundo eles, a campanha, que incluía a figura em movimento por diferentes cidades como São Paulo e Campinas, tinha como objetivo representar o personagem limpando a casa da famosa família fictícia em celebração ao Halloween.
A retirada da peça de Salvador foi um reflexo direto das acusações de racismo, mostrando como representações culturais podem ser interpretadas de maneiras distintas, levando a debates importantes sobre estereótipos raciais e a responsabilidade das empresas em suas comunicações publicitárias.
Mais uma vez a Ypê em polêmicas, dessa vez ela colocou uma estátua de uma mão negra segurando um produto de limpeza numa área nobre, predominantemente branca. Isso é racismo? São racistas?
A Bahia e os negros não merecem isso.
Assistam e se indignem. pic.twitter.com/0I3HvaO6wp
— Claudio sem acento 😎 (@claudiopedrosa8) December 6, 2023