O emblemático edifício ASA, marco histórico desde sua conclusão em 1954, destaca-se não apenas por ser o pioneiro em unir residências e espaços comerciais na cidade, mas também por sua aura misteriosa e lendas urbanas que o cercam. Com suas 413 unidades, o ASA é um ponto de movimentação intensa, atraindo diariamente cerca de 4 mil pessoas através de seus corredores e espaços.
Entretanto, a história do ASA é marcada por mistérios e controvérsias. A planta original do prédio se perdeu com o tempo, e até hoje debate-se sobre a verdadeira identidade do arquiteto responsável por essa construção imponente.
Mais intrigante é a lenda da “Noiva Loira do ASA”, uma figura espectral que teria se atirado do último andar após ser abandonada no altar. Dizem que seu vestido branco manchou-se de vermelho ao tocar o chão, e desde então, seu espírito vaga pelo edifício. Relatos de encontros com uma mulher em vestido de festa vermelho, aguardando o elevador, alimentam essa narrativa assombrada.
Porém, a aura sombria do ASA não se restringe a lendas. O edifício foi palco de tragédias reais, frequentemente ignoradas pela mídia. Em 2005, o jornal Paraná Online noticiou o trágico suicídio de um jovem de 20 anos, um dos muitos casos que ocorreram ali. Acredita-se que a divulgação de tais eventos possa incitar atos semelhantes, uma preocupação que talvez explique o silêncio dos meios de comunicação.
Além disso, histórias sobre mortes no edifício muitas vezes soam mais como folclore urbano, dada a ausência de registros públicos e detalhes concretos. Moradores e funcionários ocasionalmente mencionam figuras como a “moça da copiadora” e um “paciente psiquiátrico”, mas esses relatos permanecem vagos e lacônicos, contribuindo para o mistério que envolve o ASA.
O ASA, portanto, permanece como um símbolo da cidade – uma mistura de marco arquitetônico, centro de atividades cotidianas e, talvez mais notoriamente, um reservatório de histórias e lendas que continuam a fascinar e inquietar aqueles que por lá passam.