Em Curitiba, no renomado Colégio Estadual do Paraná (CEP), um caso de racismo entre estudantes transformou-se em um confronto mais grave, envolvendo a mãe de uma aluna vítima de racismo e o pai do aluno acusado, que é policial militar. O incidente ocorreu durante uma reunião pedagógica convocada pela escola para abordar a questão do racismo.
A reunião, inicialmente focada em resolver o desentendimento entre os alunos, tomou um rumo inesperado quando o sargento da Polícia Militar, pai do estudante acusado de racismo, tentou prender a mãe da aluna vítima. O advogado anti-racista Valnei França Fils, que foi notificado do incidente pelas professoras da escola, publicou um vídeo nas redes sociais mostrando o sargento, em farda, intimidando a mãe da aluna.
No vídeo, o sargento ameaça prender a mãe, que insiste em sua inocência enquanto chora. Uma professora intervém, informando que a patrulha escolar já havia sido acionada, e pede que o sargento libere a mãe. Contudo, o policial persiste em suas ameaças, chegando a questionar se a mãe queria ser algemada.
A Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed) confirmou o incidente, relatando que a direção do CEP agiu prontamente, acionando o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária para resolver a situação. Os envolvidos foram encaminhados para a delegacia para esclarecimentos adicionais e procedimentos legais.
Este episódio coloca em foco não apenas a questão do racismo nas escolas, mas também levanta preocupações sobre o abuso de autoridade e como tais situações são manejadas em ambientes educacionais. A comunidade escolar e as autoridades locais estão agora diante do desafio de garantir que o ambiente escolar seja seguro e acolhedor para todos os estudantes e suas famílias.