Uma situação envolvendo alunos de uma escola em Arapongas, região norte do Paraná, se tornou o epicentro de debates nas redes sociais durante o último fim de semana. Estudantes do Colégio Estadual Marquês de Caravelas foram fotografados vestidos com roupas pretas ao lado de um manequim que apresentava um bigode, evocando a imagem do ditador Adolf Hitler.
O episódio veio à tona depois que o perfil oficial do colégio publicou as imagens, alegando que os alunos participaram de “uma tarde cultural entrevistando uma sobrevivente da guerra”. Contudo, diante da repercussão, a postagem foi retirada poucas horas depois de sua publicação.
A Secretaria de Educação, ao ser questionada sobre o incidente, manifestou-se através de uma nota oficial. Segundo o órgão, a intenção da atividade era gerar uma reflexão entre os estudantes sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial. No entanto, a Secretaria reconheceu a gravidade da situação e enfatizou que “a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veemente intolerados em qualquer instituição da rede de ensino”.
O episódio ganha ainda mais gravidade quando lembramos que, no Brasil, fazer apologia ao nazismo é um ato criminalizado, com base em uma lei federal estabelecida em 1997. Aqueles que cometem tal infração podem ser penalizados com uma sentença de dois a cinco anos de reclusão, além de uma multa significativa.
A Secretaria informou que já instaurou um procedimento para investigar o caso em profundidade e prometeu se manifestar novamente após a conclusão do levantamento. A comunidade educativa e o público em geral aguardam os próximos passos e esclarecimentos sobre este controverso episódio.