A mais recente decisão da Justiça Federal do Paraná de suspender a licença prévia para a construção da Ponte de Guaratuba, previamente expedida pelo Instituto Água e Terra (IAT), desagradou profundamente o governo do estado.
Durante um evento voltado para ações em prol das pessoas idosas, o governador Ratinho Junior manifestou seu descontentamento de forma enfática. Sem citar diretamente os envolvidos, ele aludiu a possíveis “interesses escusos” no cenário e lançou suspeitas sobre a atuação de uma suposta “máfia das balsas” que, em sua visão, poderia estar buscando barrar a obra.
Ratinho Junior não hesitou em classificar a decisão como “irresponsável”, afirmando que o governo estadual tem se mantido estritamente dentro da legalidade em todas as etapas do processo. “Entendemos que o Estado está extremamente correto em todo o processo. Vamos recorrer para derrubar esta liminar”, afirmou. Ele ainda ressaltou que solicitou a realização de estudos jurídicos com a finalidade de acionar o Conselho Nacional de Justiça e o Ministério Público, por um potencial ato de abuso de autoridade por parte de juízes que, segundo ele, tentam interferir na obra.
Em um tom de desabafo, o governador mencionou a prolongada espera pela ponte, uma saga que, segundo ele, já dura mais de quatro décadas no Paraná, apontando que interesses particulares ligados à operação de balsas podem ter sido um empecilho. “É preciso acabar com esta novela no Paraná. Eu quero entregar esta ponte aos paranaenses e acabar com esses entraves”, disse Ratinho Junior. Finalizando sua declaração, ele fez uma crítica contundente a aqueles que, em sua perspectiva, estão trabalhando contra os interesses do estado, sem, no entanto, identificar nominalmente os supostos “traidores” a quem se referiu.
Ver essa foto no Instagram