O primeiro semestre deste ano foi marcado por um alto índice de mortes envolvendo forças de segurança no estado do Paraná, de acordo com dados divulgados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma subdivisão do Ministério Público do Paraná (MPPR). O relatório aponta que foram registradas 158 mortes em confrontos com agentes de segurança no estado durante esse período.
Notavelmente, a capital, Curitiba, foi cenário de cerca de 21% dessas mortes, totalizando 33 ocorrências. Segundo o levantamento, a grande maioria dos casos envolveu a Polícia Militar. Das 158 mortes em confronto, 156 foram em situações que envolveram policiais militares, enquanto apenas duas foram registradas com guardas municipais. Surpreendentemente, o relatório indicou que não houve mortes em confrontos com a Polícia Civil durante os seis primeiros meses do ano.
Os dados fornecidos pelo Gaeco são preocupantes e levantam questões sobre o uso da força por parte das agências de segurança pública no estado do Paraná. O relatório poderá servir como base para análises mais profundas sobre as políticas de segurança pública e os procedimentos operacionais dos órgãos envolvidos.
O alto número de mortes também lança luz sobre a necessidade de treinamento e revisão de protocolos pelas forças de segurança, com o objetivo de minimizar a letalidade em confrontos. Também ressalta a importância de uma investigação transparente e completa de todos os casos para assegurar que a força foi usada de maneira justa e apropriada.
O Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco, tem o papel de fiscalizar as ações das forças de segurança e garantir que os direitos civis sejam respeitados. O relatório não apenas traz números alarmantes, mas também serve como um chamado à ação para os órgãos responsáveis, que devem tomar medidas eficazes para abordar esta questão crítica.