Uma pesquisa recente, encomendada pela Associação dos Jornais e Portais do Paraná (ADI) e realizada pelo Instituto IRG, mostra que 79% dos paranaenses aprovam a decisão do estado em manter e expandir o modelo cívico-militar nas escolas. A decisão, anunciada em 13 de julho pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, surgiu como resposta à ação da União em descontinuar o programa a nível nacional, que contava com 202 unidades.
O estudo entrevistou 2.848 indivíduos por telefone entre os dias 17 e 20 de julho. Entre os entrevistados, 2.250 (79%) expressaram apoio à decisão, enquanto 570 (20%) se opuseram e 28 (1%) se abstiveram ou não conseguiram responder.
A implementação concreta da decisão implica que o governo estadual vai incorporar progressivamente a gestão de 12 colégios que atualmente são administrados pelas Forças Armadas no Paraná. Como resultado, o número de instituições de ensino que seguem o modelo cívico-militar aumentará de 194 para 206 após a conclusão do processo de transição, previsto para ocorrer entre o final de 2023 e o início de 2024. A meta do governo estadual é atingir um total de 400 escolas nesse formato nos próximos anos.
A decisão de intensificar os investimentos nesse modelo de gestão escolar foi impulsionada pela alta demanda dos pais, evidenciada pelas longas filas para matrículas nas unidades existentes, a taxa de frequência dos alunos e o desempenho destacado das escolas cívico-militares no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Atualmente, o Paraná está no topo do ranking nacional dos estados com o maior número de escolas cívico-militares, superando Goiás, com 124 colégios, e a Bahia, com 121 unidades.
A pesquisa do IRG revelou que essa liderança do Paraná é reconhecida pela maioria dos seus habitantes. Ao serem questionados, 1.790 entrevistados (equivalente a 60% do total) afirmaram estar cientes de que o Paraná é o estado com o maior número de escolas nesse modelo. Por outro lado, 1.134 (38%) afirmaram desconhecer esse fato e 60 (2%) não responderam à pergunta.