Capa – Cred -Ao todo mais de 28.800 absorventes serão destinados para as lideranças de onze comunidades do Paraná (Créd. Venâncio Filho)
O Coletivo Igualdade Menstrual e a CUFA (Central Única das Favelas) realizam neste sábado (3) o evento “A Saúde das Mulheres das Favelas”, na comunidade Nova Esperança, em Campo Magro. A iniciativa vai marcar a entrega de 28.800 absorventes para as lideranças de onze comunidades do Paraná.
Para o coordenador da CUFA Curitiba e Região Metropolitana, Isaac Santos, realizar essa ação em parcerias é de suma importância não só falar como agir em favor da saúde menstrual da mulher. Esse dia é um marco para nós, pois visa cuidar e preservar a saúde das mulheres que são as maiores potências que temos dentro das favelas.
Por meio da parceria e apoio das lideranças comunitárias, a doação de absorventes vai atender cerca de 3.600 mulheres, que vivem em situação de vulnerabilidade. “Mais de 90% das mulheres brasileiras relatam sentir vergonha ao menstruar. Apesar de ser algo normal, é tratado como se fosse sujo, vergonhoso e errado. Resistir enquanto sangra (ou menstrua) é lutar por direitos e dignidade para todas”, ressalta Adriana Rebicki, idealizadora do Coletivo.
No encontro, acontece também um bate papo sobre pobreza menstrual, uma troca importante para o Coletivo Igualdade Menstrual. A conscientização é um dos pilares do Coletivo, buscando oferecer um espaço seguro para tentar garantir o mínimo de dignidade para as pessoas que menstruam. “Educar e educar-se é sem dúvida a maior de todas as formas de transformação”, diz Adriana.
O Coletivo Igualdade Menstrual atua desde 2020, trabalhando diretamente no enfrentamento da Pobreza Menstrual, e visa promover educação e acesso a produtos de saúde menstrual aos corpos que menstruam, em situação de vulnerabilidade para a construção de uma sociedade mais justa.
Dentre as ações realizadas, estão:
– Doação de mais de 800 mil absorventes descartáveis
– Aprovação de leis menstruais em 18 municípios do estado do Paraná
– Entrevistas para imprensa digital, rádio e tv.
– Palestras em escolas da rede pública e privada em Curitiba e região metropolitana
– Palestras, rodas de conversa e campanhas de arrecadação em universidades de todo o Brasil
– Visitas presenciais em unidades prisionais do Paraná e doação de mais de 3 mil unidades de coletores menstruais.
Formado inteiramente por voluntárias, conta com doações para seguir contribuindo com o projeto. Conheça mais sobre o Coletivo, e as formas de apoiar esse trabalho, através do Instagram @igualdademenstrual