Visitantes do Zoológico de Curitiba estão acompanhando de perto a transformação que a Prefeitura está fazendo na unidade de conservação animal. Coordenadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, as obras envolvem uma revitalização geral do Zoo e a criação de novos recintos, sete para felinos e um amplo para o casal de harpias.
Os trabalhos envolvem melhorias nas vias de acesso dos visitantes ao Zoo, as vias internas com implantação de asfalto, pinturas, lavagem de telas, melhorias nas calçadas e recuperação dos três banheiros públicos.
Mesmo com os trabalhos, a visitação ao local é mantida. O Zoológico fica na Rua João Miqueletto, 1.550, no Alto Boqueirão, e está aberto ao público de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, com entrada gratuita.
Mais espaço
A maior intervenção em andamento no Zoológico é a construção do novo recinto para o casal de harpias (aves de rapina, maiores que águias). Os trabalhos começaram em setembro do ano passado. Foi construído um ninho suspenso no alto do recinto, pois a intenção é a reprodução dos animais no Zoológico para conservar a espécie.
O ninho terá monitoramento diário feito por uma câmera de vídeo. Ao todo o recinto terá 1.250 metros quadrados de área construída, com 9 metros de altura na parte da frente e 13 metros de altura no fundo.
“O recinto foi planejado e construído para as aves terem espaço para voar, como se elas estivessem o mais próximo possível da natureza”, explicou o gerente operacional do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Claudio Fontes.
Os novos recintos dos felinos também serão maiores que os atuais. As onças Ares, Gordo, Juma e Mali vão poder desfrutar o novo recinto quando as obras estiverem concluídas. A construção dos novos locais também foi pensada em ângulos que favoreçam a visualização do público.
“Essa é a maior obra da história do Zoológico. Três empresas diferentes estão trabalhando em várias frentes”, explicou Claudio Fontes.
Rede de esgoto
Também foi feita a implantação da rede de coleta de esgoto do Zoológico, obra executada pela Sanepar. A obra entrou na fase final. Serão três quilômetros de rede, além de uma estação elevatória para bombear o esgoto para a estação de tratamento Padilha Sul. O investimento é de R$ 1 milhão.
Trabalhos em andamento
O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, responsável pela gestão do local, lembrou que nos próximos meses pode haver novas necessidades de interdições totais ou parciais do Zoo para a sequência dos trabalhos. “Vamos fazer o possível para avisar nossos visitantes com antecedência”, garantiu.
O Zoo é responsável pelo cuidado de mais de 1,8 mil animais, que ficam na área de visitação. São cerca de 589 mil metros quadrados, com aproximadamente 165 recintos. Entre os animais, estão alguns de espécies nativas ameaçadas, inseridos em programas nacionais de conservação.
Mais de 70% dos animais vieram de situações de intervenção humana (apreensões, tráfico, circos, maus-tratos) que impossibilitaram sua soltura na natureza. Hoje, recebidos pelo Centro de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs), também encontram abrigo e cuidado na unidade de conservação do Alto Boqueirão.