Em sessão na terça-feira, 23 de maio, o senador Magno Malta (PL-ES) gerou controvérsia ao emitir comentários referentes ao recente caso de racismo sofrido pelo jogador de futebol Vinícius Júnior, conhecido como Vini Jr. O senador fez uma comparação peculiar ao defender o jogador, questionando a falta de reação de certos setores da sociedade.
“Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?”, questionou o senador, em crítica direta à cobertura midiática do incidente. Vini Jr. foi vítima de ataques racistas no último domingo (21), durante uma partida na Espanha, onde torcedores o chamaram de “primata”.
No contexto da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Malta prosseguiu com suas declarações provocativas, sugerindo uma forma peculiar de protesto. “Se fosse um jogador negro”, afirmou, “entraria em campo ao lado de uma leitoa branca.”
Essas declarações do senador Magno Malta, conhecido por suas posições muitas vezes polêmicas, abriram um novo debate sobre como o racismo é tratado e percebido na sociedade e na imprensa. Vini Jr., que já expressou sua indignação sobre os insultos racistas que sofreu, ainda não comentou as declarações do senador.
Este incidente serve como um lembrete infeliz do racismo que ainda persiste no esporte e na sociedade. Embora as declarações do senador Malta possam ter buscado chamar a atenção para essa questão, o tom e as comparações utilizadas têm o potencial de desviar a atenção do problema central – a necessidade de combater o racismo de forma eficaz e construir uma sociedade mais justa e inclusiva.