O grupo Carrefour anunciou ontem, quarta-feira (17), que vai exigir até o final de 2023 que todos os agentes de segurança que atuam em suas lojas usem câmeras em seus uniformes. A decisão é uma resposta à recente agressão de um casal negro por seguranças em uma de suas unidades Big Bompreço, em Salvador.
A violenta ocorrência, registrada no dia 5 deste mês, está sendo investigada tanto pela Polícia Civil quanto pelo Ministério Público, que apura a possibilidade de crime de racismo.
Em um esforço para aumentar a transparência e a responsabilização, o Carrefour tomou a decisão de implementar câmeras corporais para os fiscais que trabalham dentro das lojas e são contratados diretamente pela empresa, já em 2021. Essa iniciativa foi motivada pela morte de João Alberto Silveira de Freitas, um cidadão que foi espancado até a morte por seguranças de um supermercado da rede em Porto Alegre.
O uso de câmeras corporais, que já é uma prática na rede Carrefour, será agora expandido para incluir as lojas das marcas Big, Big Bompreço e Sam’s Club, todas parte do grupo Carrefour. Além disso, os seguranças terceirizados que atuam nas áreas externas dos estabelecimentos também serão equipados com a tecnologia.
O sistema de câmeras corporais é visto como uma maneira de fornecer um registro visual de todas as interações, em uma tentativa de evitar incidentes semelhantes no futuro. A implementação desta medida é um passo importante para garantir a segurança e a igualdade de tratamento de todos os clientes.
Espera-se que esta iniciativa contribua para a redução de ocorrências de violência e racismo em suas lojas, oferecendo mais transparência e responsabilidade no serviço de segurança dos supermercados do grupo Carrefour.