Capa – Cred Luigi Castel
O cantor e compositor Wes Ventura, popular na cena musical curitibana, lançou o videoclipe para a faixa “Só Pra Nós Dois”.
O lançamento em vídeo leva a assinatura da Lus Produções Artísticas, empresa fundada em 2021 por Luigi Castel, técnico, artista e empresário da Effez Tecnologia; e pela multiartista Luana Godin,
Luigi e Luana entraram em contato com Wes Ventura, convidando-o a gravar um videoclipe, admirados pela voz, musicalidade e talento do artista. A partir da conversa inicial, o artista falou sobre seu primeiro álbum, intitulado “Na Madrugada Sem Pressa”, surgindo assim a possibilidade para gravar o vídeo de uma das canções.
O primeiro álbum de Wes é independente, sendo possível pela sua base de fãs e apoiadores, seguindo agora para o processo final de mixagem e masterização. São 13 faixas autorais, com produção assinada por Du Gomide e B Face na música “Já Tive Um Sonho”, Kiko Dinucci em “Afro Caipira Contemporâneo” e Henrique Geladeira e Salve Samuca, em “Só Pra Nós Dois“.
Confira o videoclipe:
“A música aborda de maneira poética, mas também política, as delicadezas e subjetividades do afeto negro e indígena. Acredito que a reparação histórica ameniza as dificuldades e barreiras que nossos corpos carregam e nos libertam para o amor“, diz Ventura sobre o single “Só Pra Nós Dois”, primeira música de trabalho do álbum.
As ideias já começaram ali e Wes alinhou a ponte com o rapper e roteirista Mano Cappu, que já havia escrito um roteiro especialmente para a canção, antes mesmo do convite dos LUS ao Wes.
Segundo Mano Cappu, o roteiro foi inspirado no episódio de Paulo Galo junto ao grupo Revolução Periférica, que em julho de 2021 atearam fogo na estátua de Borba Gato na cidade de São Paulo. “… Foi uma forma de homenagear Galo, ainda mais agora que ele está sendo condenado… também o lugar de renomear pessoas cruéis da história que são condecorados como heróis. Acho que a gente tem que dar nome a alguns milhões de brasileiros e colocar nos seus devidos lugares da história, que são um museu da escravização brasileira. Essas pessoas têm que ser lembradas com essa forma esdrúxula, pelo o que eles fizeram com os povos negros e indígenas. Então pra mim esse roteiro é uma forma de ressignificar esses corpos (indígenas e negros) e colocá-los em um lugar de amor, de luta e de resistência… Zumbi e Dandara vivem!”
Para a direção de fotografia Luigi Castel destaca “ tinha dois pontos que considerei importante para a captação e no coloring: primeiro foi evidenciar a pele preta, tons e sobretons, assim como os detalhes das mãos, dos olhos, das bocas, tanto pra luz quanto pra cor, não queria que as peles ficassem embranquecidas com alta exposição e a segunda questão era sobre não sexualizar as cenas dos casais, a intenção era mostrar o amor, carnal e real, para além da nudez e do sexo… a fotografia se deu no olhar amplo do carinho, do calor dos beijos, do abraço e da troca de olhares no intuito de enaltecer os encontros, o afeto e o carinho dos atores, atrizes e artistas.”
O quarteto Luana, Luigi, Wes e Mano fizeram algumas reuniões e “a partir disso foi criatividade, coletividade e muita satisfação. É uma honra subir uma obra com artistas incríveis que residem em Curitiba além de assessorar o Wes Ventura para registrar o single” finalizou Luana Godin.