Viajar é uma atividade que proporciona muitas coisas positivas a pessoas dos mais diversos perfis: expande o conhecimento cultural, ajuda a relaxar, a criar conexões com novas pessoas, paisagens e climas, dá acesso a novas oportunidades de trabalho e estudo.
No entanto, ir para uma terra estrangeira traz também preocupações. A segurança talvez seja a principal delas num lugar desconhecido. Por mais que se pesquise, leia e ouça a experiência de gente que já passou por um destino de viagem, todo cuidado sempre será ou parecerá ser pouco.
Neste artigo, reunimos dicas de viagem sobre a preservação de itens pessoais. Reunimos desde ações abrangentes até opções menos óbvias de proteção para adicionar uma camada de segurança à sua viagem.
Bolsas, mochilas e carteiras “antirroubo”
Existem barreiras linguísticas e culturais no mundo, mas a presença de batedores de carteiras é universal, especialmente em cidades grandes e turísticas. Assim, para dificultar roubos numa viagem é possível ir além das malas com cadeado.
A carteira de pendurar no pescoço, para guardar dinheiro por dentro da roupa, é uma alternativa conhecida. Já no caso de bolsas e mochilas, alguns modelos têm um desenho que dificulta puxadas de zíper sorrateiras andando na rua, com abas bloqueando-o, compartimentos profundos e outros pequenos artifícios.
Depois de adquirir um desses modelos, outros cuidados também são desejáveis: carregar mochilas voltadas para a frente ao andar por multidões e nunca usar bolsas a tiracolo sobre o ombro, mas sim atravessada no corpo, por exemplo. Certifique-se de ter o maior controle físico sobre seus bens a todo instante.
Pensar como um bandido
Criminosos querem dinheiro fácil sem embaraços, especialmente em destinos turísticos. Portanto, fazer objetos de valor parecerem velhos ou quebrados pode frustrar suas expectativas e desestimular abordagens.
Nesse sentido, “camuflar” tablets, laptops ou câmeras fotográficas com fita adesiva ou esparadrapos pode ajudar a passar essa impressão.
Além disso, carregar o dinheiro em algum lugar pouco suspeito também pode confundir criminosos. Um exemplo é distribuir notas em duas carteiras ou colocar parte delas no sutiã ou em um potinho vazio, como de filtro solar ou de filme fotográfico, atraindo menos atenção.
Adicionalmente, vale lembrar que é preferível andar somente com a quantia de dinheiro necessária ao sair do hotel. Caso haja mais notas sacadas, deixá-las no cofre do hotel e somente retirá-las para uso conforme a demanda é uma alternativa.
Configurar cartões de crédito
Antes de viajar, recomenda-se entrar em contato com o banco para adequar os usos do cartão de crédito à viagem. Alguns detalhes úteis são fazer um ajuste de limite de gastos, restringir os horários para compras e a ativar o cartão virtual, para tornar mais seguras as compras online.
Além disso, ao comprar em lojas físicas, é preferível usar o pagamento sem contato do que introduzindo o cartão na máquina. A tecnologia utilizada é mais segura, evitando clonagens. Também não deixe de consultar os valores com atenção antes de confirmar que passem o cartão.
Segurança de dados
Além da apreensão com os pertences que carregamos na mala, atualmente temos também que cuidar de uma propriedade imaterial fundamental para o funcionamento do cotidiano: os dados pessoais digitalizados.
Nesse sentido, um descuido frequente que dá margem à ação de cibercriminosos é usar a internet WiFi de cibercafés, aeroportos e outros lugares públicos sem proteção.
Muitas pessoas se perguntam: “como descobrir quem está usando meu WiFi e bloquear?” Porém, o mais simples é contratar um serviço de VPN para garantir a segurança de todos os acessos à internet. Com esse serviço, a conexão é “blindada” contra invasores numa rede virtual privada, mesmo usando uma conexão pública. Em regra, a VPN é simples de usar, não é muito cara e pode ser ativada e desativada com um clique.
Privacidade
Para preservar a privacidade e, consequentemente, a segurança numa viagem, recomenda-se não compartilhar fotos de viagem imediatamente ao tirá-las, especialmente no caso de uma viagem de família.
A tentação pode ser grande em registrar tudo com fotos e vídeos, publicando nos stories do Instagram ou no TikTok. Em perfis públicos, isso pode atrair a atenção de pessoas mal-intencionadas no local da viagem, especialmente se a publicação contar com a geolocalização exata.
Por outro lado, publicações de viagem também podem assinalar para “olheiros” que a pessoa não está em casa. Portanto, dar um intervalo de alguns dias entre fazer o registro e publicá-lo, ou esperar até chegar em casa para compartilhar os momentos, é uma medida adicional de prudência.
Viajando com a casa segura
Por fim, é difícil aproveitar uma viagem mantendo o pensamento perturbado com a possibilidade de problemas em casa. Em se tratando de dados pessoais digitais, uma medida simples que pode gerar um certo sossego é desativar a conexão WiFi em casa antes de partir.
O intuito dessa ação é evitar que estranhos se conectem à internet. O intruso pode ser apenas um vizinho intrometido, mas também pode ser alguém mal-intencionado. Por mais que um modem seja codificado com senha, e isso possa dificultar a conexão, por que não evitar completamente esse acesso desligando o aparelho? É uma precaução eficaz, caso ninguém em sua casa tenha necessidade de se conectar enquanto você viaja.