Quase dois anos após perder o companheiro Apolo, em janeiro de 2021, com quem dividiu o recinto no Zoológico de Curitiba por 15 anos, a onça-pintada Angélica faleceu nesta quinta-feira (2/2), em função de complicações em seu quadro de saúde. Exames preliminares indicaram uma efusão pleural (líquido no pulmão), provavelmente, em decorrência de tumores em sua cavidade abdominal.
A onça-pintada chegou à capital paranaense destinada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2006, vítima de apreensão irregular, aos 13 anos. O animal morreu aos 30 anos, quase o dobro da expectativa de vida em cativeiro, que varia entre 15 e 18 anos.
“Não podemos afirmar que foi a mais longeva, mas certamente podemos dizer que foi uma das mais longevas no país”, lamenta o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo.
A justificativa para ter vivido tanto tempo, segundo o diretor, tem a ver com os cuidados que os animais recebem na instituição, certificada e referência em bem-estar animal. Era no Zoo de Curitiba que vivia a girafa Pandinha, a mais velha do Brasil, que faleceu em janeiro do ano passado.
Conservação
Enquanto viveu no Zoológico de Curitiba, Angélica contribuiu para a reprodução da espécie que está em extinção. Ela e Apolo tiveram os filhotes Maia e Ares, que ainda vivem na instituição do Alto Boqueirão; e Paxá, que mora no Criadouro Onça-pintada.