Petisco mais famoso dos botecos curitibanos, a Carne de Onça é Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba e tem um festival gastronômico só seu, que chega agora à sexta edição. O Festival de Carne de Onça de Curitiba será de 14 de setembro a 02 de outubro. Nesse período, os 21 bares participantes estarão servindo o petisco a R$ 19 a porção. E neste ano uma novidade: o lançamento de produtos voltados especialmente ao prato. “Estamos lançando uma broa com fermentação natural própria para carne de onça, em parceria com a Panificadora Aquarius. Também uma cerveja lager para harmonizar com o petisco, em parceria com a cervejaria paranaense Roots, mais uma mostarda e pimenta, em parceria com a It's BBQ time”, conta Sergio Medeiros, editor do portal Curitiba Honesta, organizador deste e de vários outros festivais gastronômicos da cidade. Estes produtos continuarão sendo vendidos após o evento.
A Carne de Onça lembra três receitas tradicionais muito conhecidas: o Hackepeter alemão, o Steak Tartare francês e o Quibe Cru libanês. Porém, como é servido em Curitiba, é algo próprio da cidade. A iguaria curitibana é feita da seguinte forma: uma fatia de broa preta, coberta com carne bovina moída (normalmente patinho), cebola branca cortada fininha, cebolinha verde picada, temperada com sal, pimenta do reino e regada com bom azeite de oliva extravirgem. No Festival, cada cozinheiro traz sua própria versão, mas tem tirar a essência do prato.
Produtos especiais
Uma broa, uma cerveja e uma mostarda. Tudo pensado pra harmonizar perfeitamente com uma boa Carne de Onça. Esses produtos são uma iniciativa inédita da Curitiba Honesta para tornar o prato curitibano ainda mais saboroso.
A broa para carne de onça Curitiba Honesta foi desenvolvida pela Aquarius, panificadora tradicional curitibana, mais de 50 anos de fundação, junto com Sergio Medeiros, criador do Festival de Carne de Onça de Curitiba. É uma broa feita sem pressa, com fermentação natural e longa, criada para harmonizar com o sabor da carne de onça. A farinha utilizada para a Broa Especial para Carne de Onça Curitiba Honesta é do moinho paranaense “Moageira Irati” desenvolvida especialmente para pães feitos com fermentação natural. A broa estará à venda na panificadora Aquarius.
Outra novidade é a cerveja lager Curitiba Honesta, criada pela cervejaria Roots em parceria com Medeiros. Já a mostarda foi desenvolvida pela marca de molhos e temperos It’s BBQ Time. Os produtos estarão à venda no bar It’s BBQ Time e pelo iFood do local.
O 6º Festival de Carne de Onça tem o patrocínio da Gold Food Service, cervejaria Roots, Its BBQ Time e Broa Curitiba Honesta Aquarius. Apoio: Abrasel-PR, Instituto de Turismo de Curitiba, Curta Curitiba e Onça Cerâmica Artesanal.
Participantes
Confira os participantes do 6° Festival de Carne de Onça de Curitiba:
- A Ostra Bêbada
- Barbaran
- Baroneza
- Bom Scotch
- Burguer Bar
- Canabenta
- Cartolas
- Charles Burguer
- Dom Cervantes
- GastBier
- Green Gate
- It´s BBQ Time Curitiba
- Jabuti
- Jackson Assados – Quatro Barras
- Jipe Bar
- Maia Box – Mercado Municipal
- O Cachaceiro
- O Taberneiro
- Quermesse
- Silzeus
- Vila Champagnat
Para conhecer todos as receitas e endereços, basta acessar o site www.curitibahonesta.com.br.
História da “Carne de Onça”
Desde 2016 a Carne de Onça é considerada Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba. E você conhece a história desse petisco famoso? O empresário e cozinheiro Sérgio Medeiros, do portal de gastronomia Curitiba Honesta, pesquisou e apresentou esse relato como base para o pedido de concessão do título na Câmara Municipal de Curitiba. Segundo ele, a história é assim:
Na década de quarenta havia em Curitiba um time de futebol chamado Britânia, que depois com outros times veio a formar o Paraná Clube. O diretor do Britânia na época era o Cristiano Schmidt. Ele tinha um bar que ficava na Marechal Deodoro, esquina com a XV de Novembro, chamado “ Toca do Tatu”. Aliás, Tatu era o apelido dele. O Britânia foi um time vencedor, sete vezes campeão paranaense, e para comemorar as vitórias do time o Schmidt pegava carne crua, colocava sobre fatias de broa comprada numa panificadora de um alemão que ficava próxima a “Toca do Tatu”, por cima da carne colocava cebola branca bem picadinha, cebolinha verde bem picadinha e só então temperava com sal e azeite de oliva. Servia com chopp para os jogadores do time.
Um belo dia o Duia, que era o goleiro, reclamou: “Poxa, Schmidt, você só serve essa carne aí, que nem onça come”. E aí surgiu a “carne de onça”. A partir deste dia, os clientes da Toca do Tatu começaram a pedir a carne que, segundo o Duia, “nem onça comia” e o Schmidt teve que colocar no cardápio. Logo outros bares da cidade começaram também a servir.
Na década de cinquenta era servida na sociedade Concórdia, preparada pela família Garmater, dona então de um grande frigorífico. Na década de sessenta, era servida em grandes quantidades no Bar e Restaurante Embaixador, mais conhecido na época como “Bar do Onha”, que ficava na Rua Riachuelo e depois mudou para o bairro Bacacheri, vindo a fechar anos depois. Desde 2016 é patrimônio cultural imaterial de Curitiba, conhecida nacionalmente como única comida típica da cidade.
Serviço:
6° Festival de Carne de Onça de Curitiba
De 14 de setembro a 2 de outubro de 2021
#festivaldecarnedeonça
Informações: www.curitibahonesta.com.br
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