A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) empossou, na sessão desta terça-feira (23), a primeira suplente do PT, Ana Júlia Ribeiro. Eleita com 4.538 votos, a estudante assumiu a cadeira vaga com a cassação do mandato de Renato Freitas, confirmada pelo plenário no dia 5 de agosto.
Com Ana Júlia, a bancada feminina fica com nove vereadoras e é a maior da história da Casa. Aos 22 anos de idade, a estudante é a vereadora mais nova da 18ª legislatura da Câmara de Curitiba. Também é a segunda mulher mais jovem a assumir uma cadeira na Casa: parlamentar da 1ª legislatura, a professora Maria Olympia Carneiro Mochel tinha 21 anos.
A cerimônia, nesta manhã, contou com o juramento, a assinatura do termo de posse e o pronunciamento da nova vereadora (assista na íntegra). Ana Júlia já recebeu a placa com seu nome e pode participar das votações em plenário desta terça. Estudante universitária, ela cursa Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foi uma das lideranças estudantis secundaristas durante as ocupações dos colégios estaduais, em 2016, em oposição à Reforma do Ensino Médio e à Emenda Constitucional 95/2016 (saiba mais).
Ana Júlia Ribeiro chegou ser empossada em 4 julho. No dia 07, entretanto, em função de decisão judicial, Freitas retomou o mandato e ela retornou à suplência (entenda o caso). Após novas sessões especiais, nos dias 4 e 5 de agosto, o plenário confirmou a cassação do mandato de Freitas por 23 votos a 7, além de uma abstenção.
A resolução 5/2022, que decretou a perda do mandato de Renato Freitas, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de 10 de agosto. No dia 11, ato da Mesa Diretora declarou vaga uma das 38 cadeiras da Câmara de Curitiba. Confira, no Flickr da instituição, o álbum da posse.
Restrições eleitorais
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Ainda que a Câmara de Curitiba já respeite o princípio constitucional da impessoalidade, há dez anos, na sua divulgação do Poder Legislativo, publicando somente as notícias dos fatos com vínculo institucional e com interesse público, esses cuidados são redobrados durante o período eleitoral. A cobertura jornalística dos atos do Legislativo será mantida, sem interrupção dos serviços de utilidade pública e de transparência pública, porém com condicionantes (saiba mais).