Curitiba terá mais uma importante obra de arte em sua paisagem urbana. Uma escultura vermelha, de sete metros de altura, do renomado artista baiano Emanoel Araújo, será instalada no Parque Tingui, em novembro, mês da Consciência Negra.
A obra, que também marcará o centenário do movimento modernista e dos 200 anos de Independência do Brasil, é uma doação da galeria Simões de Assis e da empresa curitibana de engenharia metálica Brafer, responsável pela execução da peça.
Para o prefeito Rafael Greca, a escultura de Emanoel Araújo, artista reconhecido internacionalmente e ligado ao universo da cultura afro-brasileira, é mais um presente que a cidade ganha e que se soma a outras esculturas já instaladas em espaços públicos, democratizando o acesso da população à arte.
“Essa importante obra se junta as duas esculturas de Tomie Ohtake (Portão e Praça do Japão), às 120 pelas de João Turin (Memorial Paranista) e também aos murais de Poty Lazzarotto, transformando a cidade em uma galeria de arte a céu aberto”, disse o prefeito Rafael Greca.
No caminho da Linha Turismo
O local escolhido pela Prefeitura de Curitiba para a implantação da nova escultura é na beira do lago do Parque Tingui, entre os bairros São João e Vista Alegre, no caminho para Santa Felicidade e também por onde passa da Linha Turismo, no cruzamento das ruas José Casa Grande e Professor Dario Garcia.
"O local foi muito bem escolhido, tem uma boa visibilidade por quem trafega pela região e especialmente por estar no trajeto dos turistas" avalia Waldir Simões de Assis Filho, proprietário da Galeria Simões de Assis que estve no gabinete do prefeito nesta terça-feira (12/7) acompanhando de Marino Garofani, presidente da Brafer construções.
Também participaram da reunião a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza de Oliveira Dias, os arquitetos Fernando Canalli e Guilherme Klock e a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro
O artista
Fundador do Museu Afro Brasil, em São Paulo, Emanoel Alves de Araújo nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 1940. Descendente de três gerações de ourives, escultor, curador e museólogo entre outras qualificações artísticas. Suas obras são marcadas por cores fortes, texturas e formas geométricas, onde explora criativamente a herança africana na cultura brasileira.
Já expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas. Em sua vasta trajetória, constam uma medalha de ouro na 3ª Bienal