É histórica a resistência do eleitor paranaense em se simpatizar por teses e partidos mais à esquerda. O PT, por exemplo, é o partido que mais tem dificuldades para avançar além de seus limites de faixa de eleitores, suficiente para ser politicamente hegemônico no Estado. Apesar dos esforços, o PT não conquistar a família paranaense, à exceção de alguns redutos enraizados dentro das universidades e, hoje, com menor intensidade.
Talvez possa ter algum trabalho acadêmico, antropológico, para apontar tais razões. O mais provável é resultado de colonizações do Estado, com a existência de fortes migrações espalhadas pelo seu território, notadamente em Curitiba, com a expressiva presença de ucranianos e de outras etnias que abandonaram seus países para fugir do regime socialista imposto pelo comunismo.
Comunismo que surgiu na Rússia na segunda metade da década do século passado e que depois se expandiu para a formação da União Soviética, após a Segunda Guerra Mundial, expandindo seu domínio pelo Leste europeu. Uma época com cenários de horror e barbáries praticados durante o período do ditador Stalin, que submeteu entre 3 milhões a 4 milhões de ucranianos a morrerem por inanição, passando fome.
Há outros fatores que não são necessariamente culturais ou antropológicos para que essa resistência a teses de esquerda e principalmente seus pretensos partidos, notadamente no que se refere ao PT, consigam prevalecer no Paraná.
Trata-se daquele conhecido ranço arrogante e autoritário que reveste o partido e seus filiados e simpatizantes como donos de verdade absoluta, raça de inteligência superior, por mais asneiras e bobagens que digam sem se dar conta, ainda presos a teses de um mundo pré-industrial.
Seu hoje candidato ao Governo do Estado, Roberto Requião, recentemente filiado ao PT, sempre agiu com arrogância e prepotência. De personalidade autoritária, passou a sentir o gosto do fracasso político após sucessivas derrotas nos últimos anos. Hoje, com mais de 80 anos de idade, continua fazendo política como se o Paraná não tivesse evoluído, crescido e se transformado em um Estado de respeito nacional. Para ele, o Paraná e os paranaenses, continuam, ainda, seguindo sua orientação. Nada republicano.