Desde o mês de maio, usuários das redes sociais estão compartilhando em relatos que sentiram fortes odores de produtos químicos durante seus trajetos em aplicativos de transporte como Uber. Batizado de “golpe do cheiro”, a ação pode ser uma estratégia de dopagem de passageiras usada por criminosos.
Em Curitiba uma denúncia de uma adolescente de 21 anos veio a público nesta sexta-feira (10), segundo ela, que pediu para não ser identificada, embarcou na última terça-feira (7) no carro do aplicativo, e começou a se sentir mal, tosse, falta de ar, confusão mental.
Na entrevista cedida para Band News Curitiba, a jovem disse que chegou a desmaiar, e quando acordou sentiu um cheiro muito forte “eu consegui acordar e sentir o cheiro, muito forte, um pouco doce, eu tinha certeza absoluta que eu ia morria, que seria estuprada, que seria assaltada”.
A jovem diz que lembrou que ouviu uma história parecida, e quando diminuiu a velocidade do carro, ela pulou, para pedir ajuda.
A vítima fez um boletim de ocorrência na quinta-feira (10).
Confira a nota da Uber na íntegra:
Com relação ao que vem sendo chamado de “golpe do cheiro”, a única denúncia dessa natureza relativa a viagens no aplicativo da Uber que já teve a investigação concluída pela Polícia Civil, até onde temos conhecimento, ocorreu em Canoas (RS) e o caso foi encerrado após o inquérito policial, já que, de acordo com as autoridades, não houve elementos de prática de crime. Em outro caso, no Rio de Janeiro, o laudo pericial atestou que não foram encontradas substâncias de natureza tóxica, perigosa ou nociva.
Nas demais denúncias mencionadas até o momento, muitas das quais surgem nas mídias sociais e são reverberadas pela imprensa sem se checar o que apurou a investigação conduzida pelas autoridades policiais, não temos conhecimento de nenhum inquérito que tenha sido concluído identificando elementos que comprovem o uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor.
De qualquer forma, a Uber trata todas as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis, sempre se colocando à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.