Renato Freitas (PT) defendeu em plenário nesta segunda-feira (6), que a sindicância da Corregedoria da CMC sobre a origem do e-mail racista enviado a ele foi insuficiente. “A partir da investigação, soube-se que o IP, que o número foi mascarado. Em um exercício de exclusão de autoria hipotética, chegou-se à conclusão de que não teria sido o vereador [Toaldo], que o e-mail partiu da Europa Central. Conclusão apressada, pois deveria haver uma pesquisa reversa, ou pelo menos ser acionado o Serpro, mas não foi acionado. A Corregedoria não acessou o computador do vereador Sidnei Toaldo para conferir informações básicas. Não foi feita perícia. No nosso, foi; mas no dele não foi feita”, queixou-se.
“A mídia está dando a entender que temos envolvimento em um e-mail que profundamente nos ofende. Somos vítimas de um crime de racismo. Nós fomos os principais prejudicados por esse e-mail”, protestou Renato Freitas, opondo-se às alusões de que seu mandato teria forjado a mensagem racista. O vereador diz que esse raciocínio é usado para “fundamentar a perseguição política”, que ele afirma sofrer na CMC. Ele disse que registrou Boletim de Ocorrência no Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil e espera um desfecho para a autoria, pois lá “tem o equipamento tecnológico suficiente para descobrir”.
Ao final da sessão, a corregedora da CMC, Amália Tortato (Novo), rebateu as críticas de Freitas à sindicância. Primeiro, negou que tenha havido perícia do computador do parlamentar, informando que apenas acessaram o e-mail e copiaram os metadados, com a supervisão do mandato. Depois, que a CMC contatou o Serpro e que foi o órgão federal que informou não ter havido nem mensagens de Toaldo para Freitas no horário do disparo nem acesso ao e-mail no mesmo período. “A sindicância foi feita de forma técnica e imparcial”, garantiu Amália Tortato.