Nem só de condenação e denúncias por irregularidades de quando foi prefeito de Guarapuava vive o pré-candidato do PSDB César Silvestri Filho. Visivelmente incomodado pelo baixo desempenho de sua pré-campanha, Silvestri passou a divulgar fake news sobre as pesquisas eleitorais no Paraná, que apontam vitória do atual governador Carlos Massa Ratinho Junior em primeiro turno, com mais de 60% dos votos válidos.
No entanto, na tentativa de enganar os paranaenses, ou por não saber de matemática, César Silvestri passou a propagandear que bastaria que algum dos candidatos crescesse 1% nas pesquisas para ter segundo turno no Paraná. Algo totalmente inverídico e, matematicamente, incorreto.
Lembrando que, nas duas pesquisas feitas no Estado e que estão registradas no site do Tribunal Superior Eleitoral, César Silvestri obteve apenas 3% de intenção de votos.
Nem começaram as eleições e alguns candidatos já apostam na disseminação de fake news para tentar sobreviver. E o pior, gente que diz ser a “nova política” usando as mesmas práticas da velha políticar.
O mais grave, neste caso, é que o que César Silvestri distorce não são apenas “dados de uma pesquisa”, mas ele tenta manipular o sentimento do voto do eleitor paranaense. Tenta se apropriar, de maneira desleal, da consciência e da opinião do cidadão do Paraná.
Apesar da pouca experiência e de ser pouco conhecido no Paraná, como ele mesmo assume, César Silvestri teve uma gestão na prefeitura de Guarapuava marcada por escândalos, como o caso de fraude em licitação no espetáculo Paixão de Cristo, em que ele se tornou réu e dois secretários da prefeitura acabaram presos. A licitação só aconteceu dois meses depois do evento. Em depoimento, a secretária de Educação admitiu a fraude.
Ainda durante seu governo, César Silvestri teria movimentado de R$ 160 milhões do orçamento sem autorização da Câmara de Vereadores, e acabou sendo denunciado pelo Ministério Público por crime de responsabilidade fiscal, pela edição de 30 decretos irregulares.
Filho de uma família da política tradicional paranaense – a mãe é deputada estadual e o pai foi político e esteve envolvido nos escândalos de corrupção da Lava jato –, César Silvestri também já foi condenado por empregar parentes na administração pública e denunciado no caso dos funcionários fantasmas na Assembleia do Paraná.
Quando foi prefeito de Guarapuava se acostumou com a presença do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na Prefeitura. César Silvestri foi acusado de pedir ao governador da época, Beto Richa, que tirasse o Gaeco do se encalço. Funcionou.