O ex-presidente Lula e o ex-juiz Sergio Moro protagonizaram, ontem, uma troca de ofensas. Durante entrevista coletiva para veículos independentes, o petista chamou o seu seu algoz na Operação Lava-Jato de “canalha”. Depois, pelo Twitter, o ex-ministro da Justiça devolveu o xingamento.
“Eu, graças a Deus, consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos, o (Deltan) Dallagnol e as fake news contra mim”, pontuou Lula. Pelo Twitter, Moro rebateu: “Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro pra financiar ditaduras. E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu governo.”
Antes de se envolver na polêmica com Lula, Moro voltou a fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à Jovem Pan de Maringá, na última terça-feira, ele disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “não fez nada” para rever decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que definiu a proibição da prisão logo após condenação em segunda instância.
“Lutei pela manutenção da prisão em segunda instância. O governo não fez nada. O Planalto, o presidente [Bolsonaro] não fez nada. Quando o Supremo [Tribunal Federal] reviu a prisão em segunda instância e soltou o Lula, soltaram vários criminosos condenados por crimes de corrupção. O Planalto internamente comemorou, em uma visão equivocada, de que aquilo era bom politicamente para o presidente”, conta o ex-juiz.
Segundo Moro, um ministro da ala militar do governou o orientou a não incentivar o andamento de uma PEC que propõe a prisão após condenação em segunda instância.