A Prefeitura de Curitiba e a Universidade Federal do Paraná firmaram uma parceria para que o Zoológico da capital seja o primeiro do país a imunizar os animais contra a covid-19.
A imunização animal vem sendo adotada por zoos – e também em pets domésticos – em outros países do mundo, como parte de medidas preventivas para os bichos e também para dificultar mutações do vírus que possam vir a ser mais prejudiciais aos seres humanos.
As duas instituições solicitaram ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorização para importar e aplicar as mesmas vacinas em seu plantel de animais silvestres e exóticos.
O pedido ainda está em tramitação, mas caso haja a liberação do órgão federal e também a viabilização das vacinas junto ao fabricante (ainda a ser definido), a instituição curitibana estreará o processo de vacina animal no país e passará a colaborar com estudos internacionais nesta área.
Zoo e UFPR já trabalharam juntos em outra pesquisa, que testou a incidência da covid-19 em felinos selvagens.Não houve casos de contaminação registrados entre os animais do Zoo de Curitiba.
“É importante destacar que estamos falando de uma ação preventiva, que, além de aumentar a proteção dos animais, vai fornecer subsídios para o avanço das pesquisas”, reforça o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente também ressalta que a medida não compromete em nada a vacinação regular dos seres humanos, de responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde, não havendo “disputa” de imunizantes para cada caso.
Mundialmente, o processo de vacinação de animais está sendo liderado por Estados Unidos e Rússia, onde pets domésticos, além dos que vivem em zoos, já começaram a receber os imunizantes.