Curitiba gerou o número recorde de 25.984 novos empregos com carteira assinada nos primeiros seis meses do ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (29/7). O número é o maior desde o início da série histórica, em 2003.
No mesmo período do ano passado, no auge da pandemia de covid-19, o saldo havia sido negativo em 24.223 vagas.
“Retomamos o crescimento da geração de empregos, recuperando aos poucos as perdas geradas pela pandemia. Curitiba é mais forte que as dificuldades”, disse o prefeito Rafael Greca.
O saldo do emprego formal é medido pela diferença entre admitidos e demitidos. No semestre, foram 211.986 contratações e 186.002 demissões.
No primeiro semestre, o emprego em Curitiba foi puxado pelos setores de serviços, com saldo de 13.284 vagas, e construção civil, com 5.975. Mas os demais setores também tiveram desempenho positivo. O comércio gerou 3.016 vagas e a indústria, 3.664.
Junho
No mês de junho o saldo ficou em 3.182 novos empregos, colocando a capital entre as dez cidades do País que mais geraram vagas, consolidando a tendência de recuperação do mercado de trabalho.
Curitiba liderou a geração de empregos no Estado e foi responsável por 22% das vagas criadas, que totalizaram 118.316 no período.
Em junho, os destaques foram os serviços (1.982 vagas), comércio (558) e indústria (443).
Apoio do município
A Prefeitura de Curitiba mantém programas e ações para dar suporte à retomada do emprego, com apoio tanto para trabalhadores quanto para empreendedores. Os Liceus de Ofício, da Fundação de Ação Social (FAS), promovem cursos e preparam para o mercado de trabalho quem está em busca de qualificação. Além disso, os Espaços do Empreendedor, da Agência Curitiba, dão suporte a microempresários e microempreendedores individuais.
A Prefeitura também vem adotando medidas para reduzir o impacto da pandemia sobre a economia do município. Entre elas, a criação de um fundo de aval, de R$ 10 milhões, com potencial para alavancar até R$ 100 milhões em investimentos por parte das empresas curitibanas.
O número de atividades incluídas na lei de liberdade econômica foi ampliado. A lei prevê a dispensa de alguns alvarás para atividades de baixo risco, facilitando o processo de abertura de empresas e reduzindo a burocracia. No ano passado, o número de atividades abrangidas pela lei passou de 242 para 545 na capital.
O município também prorrogou o prazo de pagamento de impostos e promoveu um programa de refinanciamento, o Refic-Covid-19, que permitiu o parcelamento de débitos em até 36 meses.