Após assistir à série da GloboPlay “O Caso Evandro” e estar convicto de que os acusados pelo crime narrado no documentário confessaram o envolvimento sob tortura. o secretário de Justiça, Família e Trabalho do Paraná, Ney Leprevost determinou ao Departamento de Direitos Fundamentais a criação de um grupo de trabalho para apresentar relatório com sugestões ao Poder Judiciário e ao Ministério Público (MP-PR). A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30).
“Na noite do último sábado, por mera curiosidade e falta do que fazer, resolvi assistir o documentário sobre o caso Evandro. Fiquei estarrecido, porque o documentário apresenta fitas inéditas que não foram anexadas aos autos no julgamento e que prova de forma veemente que os acusados daquela época confessaram sob tortura física e psicológica. Uma das acusadas teria inclusive sido estuprada”, contou Leprevost..
O Crime ocorreu em 1992, onde Sete pessoas foram acusadas pela morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no Litoral do Paraná. Em 2020, um novo material comprovou a ocorrência de tortura para as confissões que basearam a acusação.
“É terrível, você fica abismado ao ouvir as fitas que eu ouvi nesse documentário. A pessoa que assistir até o sétimo capítulo terá certeza absoluta que essas pessoas foram torturadas. Por que isso não veio à tona na época do julgamento? Então temos que fazer algo, a sociedade não pode se calar diante disso, porque se essas pessoas foram inocentes elas precisam ter o nome limpo e receber uma indenização”, concluiu o secretário de Justiça.