Todos os 49 vereadores presentes foram favoráveis ao relatório da Comissão de Ética que pediu a perda do mandato de Dr. Jairinho por quebra de decoro parlamentar. Essa foi a primeira cassação de mandato da história da casa legislativa. Logo na abertura da sessão o presidente da casa, vereador Carlo Caiado, lembrou que o processo seguiu todos os ritos legais e que o julgamento era jurispolítico.
O relator ressaltou que provas contidas no processo penal contra o vereador são contundentes e apontam para a suposta participação dele nas circunstâncias que levaram à morte de Henry. Ele citou condutas incompatíveis com o decoro do cargo, como abuso de poder e tráfico de influência.
O advogado de defesa de Dr. Jairinho, Berilo Marins da Souza Neto afirmou que não havia provas inequívocas dos fatos apontados a seu cliente e que o processo de cassação feria a presunção de inocência.
O pai do menino Henry, Leniel Borel, enviou mensagem aos parlamentares, lida ao final da sessão, afirmando que a justiça foi feita e que a cassação representava uma reposta à sociedade pelo covarde assassinato do seu filho.
Além do processo da morte de Henry, o vereador tem outras três denúncias na justiça por crimes de agressão e violência contra crianças.