O advogado Cláudio Dalledone balançou o pescoço de uma colega e empurrou a advogada ao simular uma agressão durante julgamento realizado nesta 2ª feira (10.mai.2021) em Guarapuava, Paraná.
Dalledone tentava reproduzir o que teria ocorrido no assassinato de Tatiane Spitzner, morta em 2018. Em júri popular, Luis Felipe Manvailer, marido da vítima, foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pela morte de Spitzner.
Ao fazer a demonstração, Dalledone segurou e balançou o pescoço da advogada Maria Eduarda, que faz parte da sua equipe. Ela se debate até perder o equilíbrio e tropeçar. A mulher se apoia em uma bancada para não cair.
O episódio foi filmado e o vídeo, compartilhado nas redes sociais. O procurador Vladimir Aras foi um dos que compartilharam a gravação.
Maria Eduarda é a advogada que foi “estrangulada” no juri. Assim que soube da polêmica se instalando na internet, Dalledone gravou um vídeo explicando sobre o “estrangulamento”.
“Ela (a advogada) participou de uma dinâmica simulada, reproduzida em plenário, para que o cidadão jurado tivesse consciência que seria impossível fazer uma esganadura sem deixar marca no pescoço. Então nós treinamos essa dinâmica, ela não teve nenhuma lesão, não foi subjudaga“, afirma o advogado.
Tribunal do júri de Guarapuava em 10 de maio de 2021. É quase um vale-tudo. pic.twitter.com/4gFtLBIPNH
— Vladimir Aras (@VladimirAras) May 10, 2021
Maria Eduarda aparece ao lado de Dalledone no vídeo e se defende:
“Na advocacia do Tribunal do Júri, essa simulação é fundamental em grandes casos. Eu não me senti subjugada, em momento algum. Foi tudo treinado, já tinhamos combinado, não fui pega de surpresa. E não acredito que isso esteja denegrindo a minha imagem como mulher, isso está realçando a minha imagem como advogada”, disse a advogada.