O ano de 2020 foi de incertezas e retração para inúmeros segmentos da indústria e comércio devido a pandemia da COVID-19. Em contrapartida, alguns setores se tornaram protagonistas durante o período de distanciamento social conseguindo se manter otimistas e com motivos para projetar um crescimento, mesmo que tímido para 2021. Um deles é o mercado de motocicletas. A ascensão dos serviços de delivery e a busca por uma opção mais econômica e segura que o transporte público em relação a transmissão do vírus resultaram em novos adeptos e mais motos em circulação.
Para aqueles que estão pensando em trocar ou adquirir uma moto seja para o transporte no dia a dia ou como instrumento de trabalho, é indispensável considerar alguns pontos específicos de cada finalidade e modelo antes de decidir pela compra. “Como em qualquer compra, há aspectos que precisam ser considerados ao escolher uma moto. Como um bem durável que exige manutenção constante existe a necessidade de avaliar todas as características do produto de forma detalhada”, explica Bruno Neves, consultor comercial e de desenvolvimento da Laquila (www.laquila.com.br), empresa líder do mercado de motopeças na América Latina.
Confira os tópicos que exigem maior atenção antes de adquirir uma moto:
Facilidade de manutenção: O primeiro passo ao escolher uma moto é ter certeza de que ela terá uma manutenção viável. “É fundamental saber se a marca já está estabelecida no país, para se precisar trocar uma peça no futuro conseguir encontrá-la. Muitas vezes quando a moto é importada e não tem mercado no Brasil, é comum que o piloto precise de uma manutenção simples e acabe deixando a moto fora de circulação por não ter acesso a determinada peça ou ter que pagar muito caro por ela”, alerta Bruno Neves.
Nova ou seminova?: Antes de fechar o negócio é importante definir necessidades e gastos. “A decisão por um modelo novo ou seminovo depende muito do perfil do comprador. Uma moto novo resulta em gastos mais altos de documentação e emplacamento, porém em geral as montadoras oferecem de 2 a 5 anos de garantia, o que vai livrar o piloto de gastos com manutenção nesse período. Por outro lado há a depreciação do mercado, que faz com a moto perca valor ao ser retirada da concessionária. Além de ser também uma questão de orçamento, por exemplo, com o mesmo valor investido você pode comprar uma moto nova com todas as vantagens da quilometragem zero e ao mesmo tempo consegue adquirir uma alternativa mais potente ou com mais opcionais pelo mesmo preço, porém seminova. Por fim depende das necessidades de cada piloto”, afirma o especialista da Laquila.
Finalidade: Entender os requisitos necessários de cada objetivo para a moto pode ser decisivo no momento de escolher o modelo. “Hoje há no mercado diversos tipos de motos, big trail, custom, street, superesportiva, etc., para viajar por exemplo o ideal é apostar em uma big trail ou uma custom, pelo conforto proporcionado por esses formatos. Já pra trabalho e dia a dia, talvez uma street se encaixe melhor”, explica Bruno.
Conforto: No momento da compra muitos acabam esquecendo de checar um aspecto bastante importante: a altura do condutor em relação a moto. “É um ponto que influencia bastante no conforto e ergonomia na hora da pilotagem. Para uma pessoa muito alta por exemplo, uma moto esportiva poder trazer dificuldades e incomodo ao pilotar já que ela precisaria ficar com o corpo muito curvado. Nesse caso o ideal é buscar modelos mais distantes do chão, e que permitam que os braços fiquem mais esticados. Para não ter erro, o indicado é sempre subir na moto prestando atenção nesses aspectos e se possível fazer um test drive”, adverte o profissional.
Custo-benefício: É imprescindível estar atento a procedência da moto, principalmente se a compra for de um seminovo. Para isso, o ideal é levar a motocicleta até uma oficina de confiança para uma avaliação”, diz. Identificar os defeitos e exigências de manutenção podem significar um desconto na negociação. “Recorrer a um profissional de confiança garante que você pague um preço justo. Ao comparar com a tabela fip e subtrair os gastos com troca de peças necessárias e demais manutenções a curto prazo, é possível garantir o melhor custo-benefício na hora da compra”, completa o especialista.
Não esqueça: Além das características da motocicleta, é importante lembrar que para garantir total conforto e segurança é necessário que o piloto adquira, também, itens pessoais de segurança que vão muito além apenas do uso de capacete. No Brasil a cultura de utilizar todos os itens individuais indicados para segurança no trânsito diariamente ainda é pouco difundida, mas um kit completo de segurança pode englobar, além do capacete, jaqueta, calça, bota, luva, joelheiras e protetores de coluna e pescoço. A dinâmica de pilotagem das motos faz com que todo o corpo do condutor esteja exposto e vulnerável, fazendo com que até mesmo o impacto de pequenas quedas represente um risco à integridade física, o uso dos equipamentos indicados é a maneira mais eficaz de neutralizar esses riscos.