Nesta terça-feira (16/3), Curitiba registrou 1.213 novos casos de Covid-19 e 41 mortes pela doença — 32 delas nas últimas 48 horas, de acordo com dados divulgados pela prefeitura. São 14.164 casos ativos na cidade — número 63,4% maior do que o registrado 14 dias atrás e próximo do pico observado em dezembro de 2020, quando os serviços de saúde enfrentaram a conjuntura mais preocupante da pandemia até então.
Os hospitais de Curitiba vivem novamente um cenário crítico, porém com perspectivas ainda mais graves delineadas pelas projeções. A situação já ultrapassou o limite em algumas instituições e é certo que a demanda superará a oferta de leitos. Assim como na rede de serviços do SUS, atualmente com 96% de ocupação dos leitos clínicos e 97% de UTI para Covid-19 em Curitiba, a capacidade de assistência na rede particular se esgotará a qualquer momento.
O setor experiencia um estado de caos. As repetidas situações que impossibilitam receber novos pacientes por falta de capacidade de atendimento e espera de ambulâncias estão rapidamente se tornando mais frequentes. Os hospitais têm se desdobrado para manter equipe e estrutura para atender a demanda, mas a dificuldade de contratação de novos profissionais com experiência e a aquisição de equipamentos são desafios importantes.
A dificuldade de abastecimento de medicamentos para intubação e insumos como oxigênio (para instituições que dependem de cilindros) já se apresenta como preocupação diante do rápido aumento da demanda. Não há mais meios disponíveis para expandir a capacidade de atendimento.
O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná – Sindipar apela para o apoio da sociedade curitibana e paranaense na contenção da disseminação da Covid-19 e, mais uma vez, alerta para o risco da falta de leitos — que poderá afetar a todos e qualquer um.