O boletim semanal da dengue divulgado nesta terça-feira (09) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma 503 novos casos da doença e dois óbitos. Os dados acumulados no período epidemiológico, iniciado em agosto do ano passado, registram 3.927 casos confirmados e nove óbitos, 36.658 notificações, 18.846 casos descartados e 9.333 em investigação.
No Paraná, 347 municípios têm notificações para a dengue e 223 apresentam casos confirmados. O Estado tem até o momento 59 municípios que apresentam incidência proporcional acima de 50 casos por 100 mil habitantes.
“Embora a preocupação atual seja com a pandemia do novo coronavírus não podemos descuidar dos demais agravos que infelizmente também levam nossos pacientes a óbito”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ele destaca que a secretaria tem realizado o trabalho de campo em conjunto com as regionais para eliminar os criadouros do mosquito e reforçar as orientações para a população.
“Nosso trabalho continua sendo integrado com os municípios, juntamente com a participação dos paranaenses. Cerca de 90% dos criadouros do mosquito transmissor da doença estão nos quintais e ambientes internos das residências. É importante que a comunidade esteja engajada no combate, eliminando os focos que se concentram em recipientes que acumulam água parada”, acrescentou Beto Preto.
ÓBITOS
Os dois novos óbitos neste período referem-se a uma mulher de 23 anos e um homem de 36 anos, ambos sem comorbidades e residentes no município de Paranaguá, no Litoral do Estado. As mortes foram registradas nos dias 18 e 24 de fevereiro, respectivamente.
A dengue se manifesta com a febre de início abrupto, associada a dores de cabeça, dores musculares, nas articulações, atrás dos olhos e o surgimento de exantemas (vermelhidão pelo corpo).
Os sinais de alerta apontando para a evolução para quadros mais graves associa dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, sangramentos, queda no número de plaquetas e hipotensão, entre outros.
Na dengue grave podem surgir sangramentos severos, inclusive hemorragia digestiva, choques e formas de comprometimento neurológico, hepático e cardíaco.
“Diante do período epidemiológico da circulação de dengue no Estado e frente à pandemia por Covid-19, compete à equipe de saúde na Atenção Básica e Urgência e Emergência o acolhimento, o diagnóstico e o manejo clínico adequado. O paciente deve evitar postergar a procura por atendimento e evitar a automedicação”, disse o médico Enéas Cordeiro de Souza Filho, da Vigilância Ambiental da secretaria estadual.