Uma boate de entretenimento masculino tem sido alvo de críticas dos vizinhos do bairro Juvevê, em Curitiba. A casa Dom Corleone foi inaugurada na última quinzena de janeiro e foi interditada no último dia 30 de janeiro, depois de denuncias de descumprir as medidas restritivas para o enfrentamento da disseminação da covid-19.
Além disso o estabelecimento está desenvolvendo atividade diferente da que está especificada no alvará, que foi liberado para o ramo de restaurantes e similares. Devido a essas infrações a casa foi multada em R$ 10 mil pela Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU).
Uma moradora do bairro, que não se identificou disse ao Tribuna que o local está alterando a tranquilidade da região.
“Antes ali era um restaurante e fechou. Fomos acompanhando a obra e se transformou em uma casa de entretenimento masculino, como falam hoje em dia. Fizemos várias denúncias em relação a aglomeração e até do alvará, de que eles estavam funcionando de maneira diferente do proposto. Alguns comerciantes estão com medo de denunciar, pois o dono se apresenta como sendo uma pessoa com amigos influentes … “Não tem barulho mesmo, mas na rua está tendo abordagens para que as pessoas entrem e conheçam o local. É uma situação de exposição para nossas crianças e adolescentes do entorno. Não é possível ter uma casa de entretenimento masculino em plena área residencial, ao lado de estabelecimentos frequentados por crianças. Na sexta-feira (29), houve uma grande operação policial e desde então está fechado”, relatou uma moradora ao Tribuna.
Paulo Antônio Fogaça, empresário e dono da boate se defende das acusações e afirma que o local em breve retornará
“Todo dia vai ter monitoramento na rua pelos meus funcionários e a criminalidade vai ser zero. Eu tenho alvará para restaurante e já pedi a alteração. No entanto, não vou deixar estragarem meu comércio. Se eu fechar a minha casa, Curitiba vai ter que fechar por inteira. Não tem barulho, não tem exposição do cliente, um lugar discreto. É um bar executivo e tenho uma estrutura que ninguém tem no bairro”, disse Fogaça, que afirmou ainda que pretende recorrer da multa de R$ 10 mil.