O Ministério Público do Paraná (MP-PR) suspeita que uma brecha na campanha de vacinação de Curitiba esteja favorecendo profissionais que estão registradas nos conselhos de classe, não atuam na área de saúde, e pede esclarecimento da prefeitura.
A prefeitura teria convocado os profissionais de saúde autônomos para realizar a imunização, mas não teriam verificado se, mesmo registrados, esses profissionais realmente atuam clinicamente.
Com isso há chance de profissionais que não estão atuando clinicamente, ou trabalham em setor administrativo estejam sendo beneficiados.
“Assim que tomou conhecimento, a Promotoria de Proteção à Saúde de Curitiba iniciou a apuração do fato, sendo requisitadas informações ao Município”, informa o MP-PR em nota.
A secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, explica que a prefeitura solicitou aos conselhos a lista de todos profissionais registrados. “Pedimos a lista aos conselhos porque são eles que conhecem os profissionais em atividade. Para todo profissional de saúde exercer sua atividade é obrigatório ter registro no respectivo conselho”, comentou a secretária em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná nesta quarta-feira (3).
“Ninguém paga taxa a um conselho para não exercer a profissão, porque é jogar dinheiro na lata de lixo. Todas as pessoas que estão vacinando têm o conselho ativo”, enfatizou Márcia também à RPC.