Curitiba ultrapassou nessa quarta-feira (16/12) a marca de 2 mil mortes causadas pela infecção do novo coronavírus, desde o registro do primeiro caso na cidade, em 11 de março. O número corresponde a 2% do total de casos de covid-19 confirmados entre moradores da cidade. Com os novos dados divulgados pelo boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital acumula 2.006 mortes e 99.470 casos.
“Há meses venho dizendo que vidas não voltam, e que, mesmo com todos os nossos esforços para garantia de assistência e de internamento, infelizmente tivemos perdas”, lamentou a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak sobre as vidas perdidas.
Das 26 capitais brasileiras, Curitiba está entre as com menor taxa de letalidade, 2%. Índice que também está abaixo da média nacional (2.6%) e mundial (2,2%). Outra taxa abaixo da média nacional é a de pessoas com covid-19 que necessitam de internamento em Curitiba, hoje são 8%.
Estes indicadores mostram os resultados das estratégias implementadas e a capacidade de resposta dos serviços de saúde da cidade.
“Nada faltou aos que adoeceram pela covid-19 em Curitiba”, disse o prefeito, Rafael Greca.
Recuperados
No mesmo período (de março até dezembro), 85.862 moradores da cidade que testaram positivo para a convida-19 já estão recuperados e sem sintomas da doença. Isso significa 86,3% do número total de casos confirmados.
Estrutura robusta
Sem improvisar hospital de campanha, a Prefeitura de Curitiba conseguiu abrir até agora 906 leitos SUS exclusivos para covid-19, sendo 374 de UTI e 532 clínicos.
Todos estes leitos estão dentro de estruturas hospitalares devidamente preparadas. São 10 hospitais da rede privada parceiros do SUS Curitibano que atendem covid-19: os hospitais de Clínicas, Trabalhador, Reabilitação, Oswaldo Cruz, Evangélico/Mackenzie, Pequeno Príncipe, Erasto Gaertner, Santa Casa de Misericórdia, Cruz Vermelha e São Vicente.
Além disso, a Prefeitura de Curitiba também criou três hospitais exclusivos para internamento de pacientes com suspeita ou confirmação da covid-19: Instituto de Medicina, Hospital Vitória e Hospital Victor do Amaral. Leitos de covid-19 também foram abertos no Hospital do Idoso e na UPA Boqueirão.
Leitos de retaguarda
A UPA Fazendinha e o Hospital Bairro Novo foram transformados em leitos clínicos de retaguarda para liberar vagas de covid-19 no Hospital do Idoso. O mesmo aconteceu entre julho e setembro com o Hospital Irmã Dulce, que atualmente é uma unidade de Pronto Atendimento para estabilização psiquiátrica.
“A pandemia exigiu um replanejamento da rede de saúde, somando parcerias e estratégias para reforçar a estrutura hospitalar e assistencial de enfrentamento à pandemia sem depender de improvisações”, afirma Márcia Huçulak.