O superintendente da Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, fez um alerta para uma possível falta de seringas para a vacinação em massa contra o Covid-19.
Segundo ele, o setor precisa de três a cinco meses para fabricação das seringas, já que não tem um estoque que atenda uma demanda em massa.
"Em julho, levamos essa preocupação ao governo federal. Em agosto, o governo organizou uma reunião com os três fabricantes, mas, daí para frente, nada mais aconteceu de concreto. E já estamos em dezembro; isso deveria estar decidido no máximo em setembro."
Outro problema que preocupa o superintendente é que com a falta de uma coordenação federal, os estados começam a fazer suas encomendas por conta própria, o que pode causar uma desorganização, e sobrecarregar as indústrias. Segundo ele, "o ideal seria termos um pedido do governo federal e um cronograma para a entrega das seringas ao longo dos meses."
Nas vacinações tradicionais a responsabilidade pela compra de insumos é dos Estados e dos municípios, mas com um cenário de pandemia, a organização do governo federal seria crucial para o sucesso da ação, alega Fraccaro.