A necessidade de adotar um regime de quarentena ou permanecer o máximo de tempo possível em casa, foi uma orientação incentivada por governantes e autoridades da saúde em todo mundo nos últimos meses. Entretanto, um dos efeitos colaterais diretos do isolamento social foi a redução significativa ou até mesmo suspensão das atividades comerciais, entre elas lojas, restaurantes e demais estabelecimentos que devem grande parte de seu faturamento a venda direta com a presença física de público. Neste cenário, inúmeros empreendimentos buscaram alternativas para manter as atividades em funcionamento parcial, sem comprometer as indicações básicas de combate a disseminação da COVID-19, gerando uma adaptação massiva das vendas para o formato online ou explorando diversificadas ferramentas tecnológicas para estimular negociações remotas.
Mesmo com o afrouxamento das medidas de isolamento e a reabertura gradual do comércio, muitos empreendedores mantiveram a atenção e o investimento em alternativas de vendas digitais. “Desde o início da pandemia compreendemos a importância de seguir as orientações de seguir a risca as orientações de isolamento e assim o fizemos. Ao mesmo tempo, nos vimos com o desafio de encontrar uma maneira de manter o negócio em funcionamento para ao menos amenizar o impacto econômico dessa pandemia, nos atentamos as possibilidades de venda online e obtivemos resultados que nos incentivaram a dar continuidade a esses projetos mesmo com as lojas físicas abertas novamente”, comenta Bruno Esperança, diretor geral da Esalflores, maior rede de floriculturas do país.
Com matriz em Curitiba (PR) e unidades nas cidades de São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Recife (PE), a Esalflores, além de direcionar as vendas para a plataforma de e-commerce, passou também a executar vendas via telefone e whats app que seguem disponíveis para os clientes. “Adaptamos as operações para um modelo de contingência e descobrimos um novo nicho e mais uma forma de manter ainda mais proximidade com o nosso público”, conta o empresário. “Queremos que o público tenha sempre facilidade, comodidade e excelência no atendimento no acesso aos nosso produtos e serviços mesmo que ele não possa visitar as lojas físicas, por isso mantivemos as vendas por whatsapp em todas as lojas, além de inaugurar um site exclusivo para o nosso estoque de Garden center”, completa Bruno Esperança.
No segmento da gastronomia, que sentiu mais rapidamente os efeitos econômicos da pandemia, centenas de negócios tiveram que adequar seus serviços a novos formatos explorando as ferramentas tecnológicas. “Para manter seus serviços ativos e preservar algum fluxo de caixa, muitos estabelecimentos optaram por dar exclusividade ao serviço via delivery ou para ações de retirada de pedidos no balcão. São várias as plataformas, já bastante populares no Brasil, que proporcionam esse suporte, e até representam uma boa parte do faturamento de diversos empreendimentos, porém muitos empreendimentos passaram a aderir a este sistema somente devido aos efeitos do isolamento social e hoje optaram por dar continuidade a essa opção”, conta o diretor geral da Associação de Brasileira de Bares e Restaurares (Abrasel – PR), Luciano Bartolomeu.
Marcas como Cookie Stories, Bangalô dos Pastéis, Kibô Japanese Lounge Bar, Cuore di Cacao, Pizzaria da Mathilda, Soho Burger Gallery e O Barba, que sempre ofereceram compras via aplicativos de delivery, passaram a criar novas ações e promoções para atender a crescente demanda de quem está em casa. Até a cervejaria Way Beer, uma das grandes referências do mercado cervejeiro brasileiro, lançou uma ação de venda de chope em lata, com compra via WhatsApp e entrega gratuita. "O período de fechamento do comércio nos trouxe muitas incertezas mas também novas perspectivas. Por isso buscamos maneiras diferenciadas para continuarmos unidos ao nosso público nesse momento. E a medida que as operações voltam a normalidade continuamos garantindo que mesmo em casa ou nos bares e restaurantes seguindo as normas sanitárias, todos poderão aproveitar bons momentos acompanhados de uma Way Beer", completa Desiree Meister, coordenadora de marketing da Way Beer.