A educação à distância é praticada há muitos anos pelo Ensino Superior, tendo surgido da necessidade de especialização de milhares de pessoas que não têm acesso às instituições de ensino presencial. Com a chegada da pandemia e a medida restritiva de isolamento social, essa dificuldade se estendeu para todos os níveis de ensino, criando novos desafios para professores, pais, responsáveis e alunos do nível médio e básico.
A formação de professores para o uso de novas tecnologias ainda é um grande desafio para o sistema educacional brasileiro. Contudo, o repensar pedagógico deve ser uma atitude diária na vida acadêmica e profissional das escolas. É preciso quebrar paradigmas, metodologias e encaminhamentos, para que as instituições de ensino atuem conforme a necessidade de seus alunos.
Dito isso, a metodologia educacional deve ser constantemente discutida para que os materiais sejam inseridos em plataforma online de maneira lúdica e auto visual para a autonomia do usuário. Da mesma forma, é essencial que os professores entendam a necessidade de um novo olhar pedagógico ao desenvolver suas aulas, a fim de aproximar o conteúdo à realidade dos alunos. Não é somente dar aula frente as câmeras, mas sim levar dinamicidade e ludicidade aos alunos a partir de estratégias diferenciadas, como contação de histórias, jogos e brincadeiras, música, material reciclável e concreto.
Além das tendências de desenvolvimento de recursos tecnológicos voltados para a educação, questões como segurança, comodidade e autonomia também são influenciadores neste processo. Afinal, o ensino à distância é também considerado um recurso para o desenvolvimento da autonomia da criança e do adolescente.
*Ana Regina Caminha Braga é psicopedagoga mestre em Educação e especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva.