O Stereo Pop bateu um papo com o cantor e compositor britânico Jack Cullen, que falou um pouco sobre seu processo de composição, seu caminho na música e seus planos para o período após a pandemia.
O jovem, ainda novato na carreira, é responsável pela canção “Learn”, que conquistou um lugar privilegiado na New Music Friday do Spotify, e cativou fãs em Londres, em um show esgotado no The Troubadour, em Earls Court, e apresentações pela Europa.
A música não foi a primeira opção de Cullen. O jovem havia assinado um contrato profissional de rugby com Munster, jogando no time irlandês de sub-20. Porém, uma lesão esportiva o afastou do esporte, fazendo-o escrever músicas com maior frequência.
Ao perceber seu potencial no meio musica, Jack resolveu ir mais a fundo. No início de 2020, o cantor abriu os shows de Freya Ridings em sua turnê européia, e lançando outras composições, como "Teabags and Cigarettes", uma das favoritas dos fãs, "I Don't Know Much Better", entre outros, incluindo um cover de Foy Vance, "Shed A Little Light", em colaboração com o Movember UK.
Confira a entrevista na íntegra:
SP – Como foi lidar com o equilíbrio entre o rugby e a música em sua vida? A música foi escolhida por causa da lesão que você teve jogando ou você escolheria esse caminho eventualmente?
JC – Essa é uma pergunta que às vezes eu faço para mim mesmo. Eu acho que a lesão ocorreu por uma razão. Se não fosse por isso, talvez eu ainda estivesse jogando rugby. Quam sabe? Mas, eu me sinto bem feliz pela lesão (risos).
SP – Algumas pessoas dizem que o processo de composição é uma espécia de terapia. Como é o seu processo? Sobre quais aspectos da vida você gosta de escrever? São histórias pessoais?
JC- Toda vez que eu sento para compor é diferente. Em algumas das vezes parece uma terapia e tudo vem bem rápido. Eu escrevo muito sobre meus amigos, família e natureza, assim como o amor e os bons sentimentos que eles me dão. Eu sempre escrevo sobre questões pessoais e sobre o que meu coração quer que eu coloque no papel.
SP – E sobre suas influências musicais? Você pode nos contar um pouco sobre quem você admira profissionalmente e também na vida pessoal?
JC – Eu sou influenciado por todos os tipos de pessoas e músicos. Eu comecei a aprender muito de artistas como Allen Stone, Matt Corby e Nick Mulvey, assim como grandes nomes como Coldplay e Ed Sheeran.
Também sou imensamente inspirado por pessoas que estão fora do meio musical. Pessoas que me motivam positivamente, passando bem-estar físico e mental me inspiram diariamente.
SP – Você lançou o single “Learn” sem o apoio de nenhuma gravadora. Agora que você está ficando mais popular e sendo reconhecido pelo seu talento, como você lida com a pressão de estar nos holofotes?
JC – Acho que eu lido bem com qualquer tipo de holofote (Acho que a popularidade está bem pequena no momento, mas obrigado…risos). Eu sou muito próximo da família e amigos e eles me mantém com o pé no chão. Se um dia eu conseguir chegar a um grande holofote, eu ainda continuarei o Jack.
SP – Como está sua quarentena no momento? Conseguiu usar o tempo para trabalhar em novas composições?
JC – Eu aproveitei muito o tempo para compor músicas novas, mas também estou trabalhando com um bom amigo meu, Matt Rist. Estamos produzindo muita música que logo deverão ser lançadas.
SP – Qual a primeira coisa que pretende fazer depois dessa pandemia?
JC – Ver todos os meus amigos, viajar e fazer música.
SP – Você conhece algum artista brasileiro? Alguma possibilidade de uma performance no Brasil?
JC – Sim. Eu adoraria fazer um show no Brasil. Se vocês me aceitarem, embarcarei no próximo voo.
Créd fotos: For Music/ Divulgação