Com produção média de 60 mil litros de produtos de limpeza e higiene por mês, seis presos da Penitenciária Central do Estado fabricam diversos itens, como água sanitária, álcool em gel e desinfetante, entre outros. Tudo feito com supervisão especializada, o objetivo do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) é aumentar a produção e reduzir os custos de transporte inserindo mais setores como este em outras regiões do Estado. Para tanto, o Depen fechou convênio de mais de R$ 4,6 milhões com o Governo Federal.
“Estamos com um convênio com o Ministério da Segurança Pública para ampliação da fábrica da Penitenciária, bem como a instalação em outras duas unidades, uma em Cascavel e outra em Londrina”, afirmou o chefe do Setor de Produção e Desenvolvimento (Sepro), Boanerges Silvestre Boeno Filho.
As regiões foram escolhidas de forma a colaborar com a distribuição dos produtos. “Estas duas novas indústrias, uma no noroeste e a outra no oeste do Estado, facilitarão a logística de entrega e gerarão economia no transporte. Além disso, são mais canteiros de trabalho interno, que proporcionam maior número de vagas com qualificação”, destacou Boanerges.
De acordo com ele, os presos que serão implantados nestes canteiros passarão por um curso de capacitação para manipulação desses materiais. “Na unidade prisional, há um agente penitenciário com formação técnica em química que é responsável pelo treinamento dos detentos e acompanhamento de toda a fabricação”, explicou o chefe do Sepro.
A capacidade de produção do setor é de 10 mil litros de lava-roupas, 10 mil litros de lava-louças e 10 mil litros de sabão para piso, além de 15 mil litros de água sanitária e 15 mil litros de desinfetante. “Recentemente, passamos a fabricar também o álcool em gel, chegamos a produzir dois mil litros no mês”, afirmou o coordenador regional de Curitiba e Região Metropolitana, Alisson Souza de Andrade.
No entanto, no momento, a produção de álcool está suspensa. “Tudo o que foi fabricado já foi distribuído entre as 70 unidades do Departamento Penitenciário do Paraná. Porém, tivemos que parar a fabricação por conta da falta de carbopol, matéria-prima que está em falta no mercado”, disse Boanerges. Enquanto o produto não é encontrado, segundo ele, novos testes estão sendo feitos para que o canteiro possa continuar a produção.
CONVÊNIO – Além das três novas fábricas de produtos de limpeza e higiene, o contrato com o Ministério da Segurança Pública contempla ainda outras 13 oficinas. “Serão implantadas ou ampliadas seis unidades com fábricas de costura, quatro de artefatos de concreto duas de marcenaria e uma de serralheria”, afirmou.