A pandemia do coronavírus fez startups de tecnologia se anteciparem ao mercado e optarem pelo home office como uma maneira de diminuir a velocidade da disseminação da doença. A medida ainda não é obrigatória, mas pelo bem estar social e empatia com o coletivo, as empresas estão se readaptando ao novo cenário. O Ministério da Saúde já recomenda que companhias que possam liberar seus funcionários para trabalharem de forma remota, prefiram fazer isso para diminuir as possibilidades de transmissão do Covid-19.
A fintech Juno, empresa que aposta em diversas soluções para facilitar pagamentos, reduzir a burocracia e democratizar serviços financeiros, sediada em Curitiba, estabeleceu que toda a esquipe trabalhará em casa nos próximos dias. Desde a semana passada, alguns funcionários já trabalham em casa como uma forma de teste, e a partir dessa semana, toda a equipe foi dispensada. “Num primeiro momento, a ideia não era obrigar todos os funcionários a fazerem isso, mas como mais de 70% da operação se sentiu mais confortável dessa forma, optamos por dispensar, pois é possível realizarmos todas as obrigações e demandas por meio do computador devido à tecnologia, antecipamos pra testar e mapear os possíveis problemas, antes que a quarentena seja obrigatória”, explica a Head de Gente e Cultura da Juno, Thamira Machado.
O processo para a readaptação da equipe para o trabalho remoto também foi feita pelo Ebanx, fintech brasileira que oferece soluções de pagamento que conecta consumidores latino-americanos a empresas globais, que além de manter seus quase mil funcionários em casa desde o início da semana, adotou um pacote de medidas mínimas, desde suspender viagens internacionais e nacionais à comunicados periódicos sobre a pandemia nos canais internos da empresa visando preservar a saúde de seus colaboradores. Com mais de 800 colaboradores, a MadeiraMadeira, loja virtual de móveis, também optou por manter seus funcionários em regime home office, diminuindo as chances do contato com pessoas contaminadas com o Covid-19.
De acordo com Thamira Machado, a necessidade de adaptação é rápida, mas todos colaboradores precisam ter o comprometimento de continuar entregando as demandas e realizando suas tarefas planejadas. “A maior diferença acredito que será em relação à coletividade, trabalhando em casa, a troca é diferente. Não há contato com as pessoas, o primeiro impacto é esse. É preciso encontrar novas formas de comunicação, usar os recursos de vídeo é uma forma de não se isolar tanto e se sentir menos sozinho em relação ao fato de estar longe da empresa”, completa.