A primeira parcela do 13º salário caiu na última sexta-feira, dia 29 de novembro, para todos os brasileiros com contrato de trabalho pelo regime da CLT e tempo de serviço igual ou superior a 15 dias. Entretanto, embora seja uma ótima oportunidade para realizar as tão sonhadas compras de final de ano, também é o momento de repensar e renegociar antigas dívidas, a fim de começar 2020 com o orçamento no verde.
O número de famílias endividadas no Brasil ultrapassa 60% da população, o que causa grande alerta e exige cuidados especiais. De acordo com Pedro Salanek, economista e professor do ISAE Escola de Negócios, o dinheiro extra acaba servindo de gatilho para grande parte da população, que compra itens supérfluos sem questionar a real necessidade.
Para quem está endividado, a indicação é direcionar o 13º salário para quitar todas as contas. “Geralmente, as dívidas têm um custo de financiamento e juros que, em caso de cheque especial ou cartão de crédito, acaba sendo bastante impactante”, explica. “Antes de pensar em viajar ou consumir mais, é preciso sair do endividamento. Todo dinheiro é bem-vindo dentro da fonte quando é para se livrar de uma dívida amarga”, complementa o especialista.
Outro ponto importante é lembrar dos custos existentes no início de cada ano, como IPTU, IPVA, matrícula escolar e compra de materiais escolares. “É possível conseguir descontos interessantes em desembolsos do começo do ano quando negociados para pagamento a vista”, destaca o economista. “Pensar a curto prazo e guardar uma parte do dinheiro para o pagamento destes itens, faz parte de um bom planejamento financeiro”, conclui Salanek. Por outro lado, se a pessoa é bem planejada e não está endividada, ela pode buscar alternativas de investimento adequado, pensando até em dar entrada em um bem de interesse maior que a pessoa tenha.