Mais cinco linhas de ônibus terão a tarifa reduzida fora do horário de pico a partir desta terça-feira (3/12). As linhas escolhidas foram 661 – V. Lindóia; 662 – Dom Ático; 666 – Novo Mundo; 860 – V. Sandra; e 870 – São Braz. Juntas, essas linhas tem um fluxo de 31,1 mil pessoas por dia.
A tarifa reduzida, de R$ 3,50 – R$ 1 mais barata que a normal – vai valer das 9h às 11h e das 14h às 16h e para pagamento exclusivo com o cartão-transporte usuário.
Mesmo em linhas em que há cobrador – como é o caso da 860 – V. Sandra e 870 – São Braz – a tarifa reduzida só valerá para quem pagar com o cartão usuário. Em dinheiro, o valor da passagem será o normal, de R$ 4,50.
Essa é a segunda leva de linhas a operar com tarifa reduzida. Em outubro, a Urbanização de Curitiba (Urbs) havia adotado o modelo de tarifa reduzida em seis linhas em horários de menor movimento: 212 – Solar; 213 – São João; 214 – Tingui; 265 – Ahú-Los Angeles; 461 – Santa Bárbara; e 965 – São Bernardo.
O objetivo da Prefeitura é implantar gradativamente a tarifa reduzida em mais linhas de ônibus. Ao todo 17 linhas deverão oferecer o benefício ao passageiro. Até agora já foram 11.
A expectativa é que haja impacto positivo na gestão operacional da frota, com melhor distribuição do uso dos veículos ao longo do dia, diminuindo a ociosidade do sistema, de acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
“Vamos avaliar o desempenho dessas linhas, se houver adesão manteremos a estratégia e vamos ampliando gradativamente”, disse.
A tarifa reduzida deve trazer também a diminuição da demanda nos horários de pico, o que pode gerar mais conforto para os usuários.
As linhas escolhidas cruzam muitos bairros, têm um bom volume de passageiros e uma diferença acentuada entre o número de usuários no horário de pico e fora dele.
Todas estas linhas têm queda média de 21% a 27% nos horários entre picos, enquanto a queda média do sistema total é de 18%.
Modernização
A tarifa reduzida é possível graças à aprovação do projeto de lei que flexibiliza a tarifa do transporte coletivo de Curitiba, sancionada pelo prefeito Rafael Greca em setembro desse ano.
O prefeito destacou, na ocasião, que se trata de uma experiência, para ver se a cobrança diferenciada não afeta o equilíbrio financeiro do sistema.
“Hoje já subsidiamos o sistema, com R$ 50 milhões da Prefeitura e R$ 40 milhões do Governo do Estado. Mas sendo um sucesso essa experiência, vamos ampliar para linhas de vizinhança para as regionais no futuro”, disse o prefeito durante a sanção.