O famoso operador do dinheiro sujo do PT, Marcos Valério, resolveu quebrar o silêncio sobre a morte de Celso Daniel, que era prefeito de Santo André, foi sequestrado e assassinado com 11 tiros em janeiro de 2002. O crime foi considerado um crime comum, mas sempre existiram suspeitas de que se tratasse de “queima de arquivo.”
egundo reportagem da Veja, Valério foi acionado após chantagem de Ronan Maria Pinto, um empresário que prestava serviços à prefeitura de Santo André. Ronan estaria ameaçando revelar a participação de Gilberto Carvalho e José Dirceu, além de Lula, que seria o “cabeça da morte de Celso Daniel.”
O operador teria entrado em contado com o deputado Professor Luisinho, que tinha sido vereador em Santo André e afirmou que ele “lhe confidenciou que Celso Daniel topou pagar com recursos da prefeitura a caravana de Lula pelo país, antes da eleição presidencial de 2002, mas não teria concordado em entregar a administração à ação de quadrilhas e àqueles que visavam ao enriquecimento pessoal”.
Valério afirmou ainda que para levantar os recursos necessários para pagar o chantagista, deu-se inicio ao grande esquema de corrupção brasileiro conhecido como Petrolão.
O operador também contou que foi ameaçado pelos próprios petistas, já na cadeia: “Marcos, uma turma do partido acha que nós devíamos fazer com você o que foi feito com o prefeito Celso Daniel. Mas eu não, eu acho que nós devemos manter esse diálogo com você. Então, tenha juízo”, teria lhe dito Paulo Okamotto, amigo e braço-direito de Lula. Valério, que foi torturado, espancado e teve dentes quebrados na prisão, rebateu às ameaças: “Eu não sou o Celso Daniel não. Eu fiz vários DVDs, Paulo, e, se me acontecer qualquer coisa, esses DVDs vão para a imprensa.”
Parece que agora vai ser muito difícil concretizar o famoso “Lula Livre”. Grande parte dos relatos de Valério já foram corroborados por investigações do Ministério Público e o caso Celso Daniel está sendo averiguado.
Um sopro de vida para a luta contra a corrupção.