Um veículo da marca Hyundai, modelo Tucson, que havia sido roubado há três dias no bairro Portão foi avistado em atitude suspeita por policiais da Rone na noite desta sexta-feira (27), na esquina da rua Maj. Fabriciano do Rêgo Barros com a rua Padre Dehon, no bairro Hauer, em Curitiba.
Após ordem de parada, o condutor do veículo empreendeu fuga em alta velocidade. Segundo o capitão Paulo Alexandre: “Próximo do Shopping Cidade, uma equipe da Rone cruzou com esse carro em atitude suspeita, já em velocidade alta no meio dos outros veículos colocando em risco a segurança dos outros motoristas.
Na tentativa de abordagem, eles empreenderam fuga, passando por algumas preferenciais e nesta esquina colidiram com um carro e vieram a capotar." Ainda conforme o capitão: “quando eles desceram do carro, reagiram contra a tentativa de abordagem e atiraram contra os policiais. Infelizmente, os quatro morreram.
O motorista do veículo com o qual eles colidiram sofreu ferimentos leves e foi conduzido pelo Siate mais por precaução, já que estava consciente e conversando”.
REVOLTA DOS FAMILIARES
Na madrugada do último sábado (28), foi invadida, por familiares inconsoláveis, a sede do IML no bairro Hauer, onde conseguiram entrar sem autorização na área de necropsia onde se encontravam os corpos.
Alexandre Mikos, diretor-administrativo do IML, relata que a mãe de um dos suspeitos queria ver o filho e teria tentado abraçar o corpo dele durante a invasão. “A mãe estava um pouco exaltada e dizia ‘quero ver meu filho, quero ver meu filho’, então entraram na sala de necropsia e ela tentou até abraçar o filho, mas foi contida. Foi tudo contido, deu até para entender por conta da situação que a mãe está passando”, afirmou Mikos
Não foi necessário confronto policial e tudo se resolveu sem que abrisse um B.O ou alguma violência.
PROTESTO QUE FECHARAM RUAS
Os familiares dos quatro jovens mortos pela PM na última sexta-feira (27), fecharam a Rua Brigadeiro Franco no Pariolin, sábado (28). Queimaram pneus, madeiras, entre outros objetos.
O protesto foi contra a ação policial que vitimou os quatro jovens, que, segundo familiares, não teriam reagido a qualquer abordagem policial.