Após ter seu material genético considerado compatível com os rastros encontrados no corpo de Rachel Genofre, o suspeito do monstruoso assassinato que assombrou os curitibanos por 11 anos resolveu relatar os fatos ocorridos no fatídico dia.
O interrogatório do suspeito foi feito nesta terça-feira (24), onde está preso, Sorocaba, mas somente veio a público nesta quarta-feira (25), em declarações da delegada responsável pelo caso, doutora Camila Cecconelo.
A polícia mostrou a foto da pequena Rachel ao suspeito, que imediatamente a reconheceu. Segundo a delegada Camila Cecconelo: “Ele alegou que morava em determinado local aqui no Centro de Curitiba e que ele já havia observado a Rachel. Após essas observações que ele fez da rotina dela, ele acabou abordando a Rachel. Ele disse que era produtor de um programa infantil de televisão, bem famoso na época, e chamou a Rachel para ir até o escritório dele para assinar os papéis que seriam necessários para ela participar desse programa de televisão”.
O suspeito continuou o depoimento dizendo que convenceu a garota a ir até a sua residência. “A Rachel assim que chegou no local estranhou e começou a reagir, começou a gritar. Nesse momento que ele acabou cometendo o ato sexual e acabou matando a menina, como ele mesmo confessa”, disse a delegada.
Segundo a delegada, quando perguntado porque teria abandonado o corpo na Rodoferroviária de Curitiba. “Ele não fala porque deixou, só falou que quis colocar o corpo dentro da mala e que era um local que ele poderia transitar com essa mala sem ser percebido, por isso ele acabou deixando ali. Ele contou que deixou ali, ficou um tempo olhando para ver se ninguém se aproximava e depois abandonou a mala”.
UMA DOR QUE SE ESTENDEU POR QUASE 11 ANOS
Na última semana, uma força tarefa que contou com a integração da base de dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) com as forças de segurança de São Paulo e Brasília, levou a identificação do suspeito do crime que comoveu os curitibanos há quase 11 anos. "Pode ter certeza de que o caso está encerrado. Não há o que livre ele dessa prisão", destacou o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Riad Braga Farhat.
O caso ganhou grande repercussão na mídia em 2008, quando o corpo da garota foi encontrado esquartejado dentro de uma mala, abandonada na Rodoferroviária de Curitiba. Segundos os exames cadavéricos, a garota foi torturada, estuprada e sodomizada antes de ser morta.
Ainda de acordo com o delegado responsável, o suspeito certamente deverá ser condenado pelo crime, já que a análise do material genético teve 100% de compatibilidade.