Nos últimos anos, a introdução da iniciativa privada na gestão dos serviços oferecidos pelas instituições ligadas a saúde pública brasileira, tem se tornado uma opção cada vez mais atraente e viável em termos de redução de custos. Se antes a terceirização se limitava ao âmbito das atividades-meio como limpeza, manutenção e segurança, hoje é possível elencar diversos fatores que comprovam os benefícios de considerar a administração privada como solução para a otimização da infraestrutura e dos procedimentos médicos executados pelo Sistema Único de Saúde.
Vários dos hospitais mais conceituados do país já incorporaram essa dinâmica parcial ou integralmente na gestão da prestação de serviços, e os resultados tem gerado benefícios tanto para a diminuição de gastos, quanto para a qualidade do atendimento aos pacientes. Para Roberto Floriani Carvalho, médico especialista em saúde pública e diretor da Atual Médica, empresa curitibana especializada em gestão na área da saúde, a viabilização de práticas ágeis e eficientes também no SUS é o principal ponto positivo da terceirização dos serviços hospitalares. “Um dos problemas mais evidentes nos hospitais e unidades de saúde pública no Brasil, é a burocracia nos procedimentos e má aplicação dos recursos”, afirma.
Além de ser uma saída possível para as dificuldades e obstruções encontradas hoje no sistema público de saúde, a administração privada é uma forma de potencializar a gestão de recursos e pessoas. “Entre os pontos positivos deste tipo de acordo de gerenciamento está a maior rapidez na compra para reposição de medicamentos, insumos e manutenção das Unidades de Saúde, rapidez e agilidade na contratação de médicos e profissionais da área de saúde, de acordo com a demanda e necessidade da população; e também maior efetividade no treinamento e capacitação dos seus colaboradores , conforme preconiza os órgãos de controle e Acreditação”, explica o especialista.
Outra premissa que reforça a vantagem de integrar serviços terceirizados é promover um trabalho organizado e efetivo sobretudo na área da medicina preventiva. “Caso as práticas de diagnósticos preventivos fossem realizadas corretamente, por meios rápidos e eficazes, diminuiria consideravelmente os atendimentos no setor de Urgência e Emergência da rede (Unidades de Pronto Atendimento e Hospitais). Sem contar que uma gestão baseada no alcance de metas de satisfação dos usuários junto aos seus colaboradores e prestadores de serviço é sem dúvida a melhor forma de levar a saúde pública brasileira ao patamar ideal de qualidade e excelência”, completa Roberto Floriani Carvalho.