Crianças especiais que estudam na Escola Municipal Professora Miracy Rodrigues de Araújo, no Sítio Cercado, curtiram muito os brinquedos inclusivos que foram disponibilizados para a hora do recreio.
“A experiência foi tão boa aqui que seria bom que os brinquedos ficassem para sempre”, disse a tutora Miriam de Oliveira, enquanto embalava Fabrício, portador de autismo, no balanço adaptado.
Os brinquedos inclusivos circulam pelas escolas municipais, seguindo um calendário da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj). A próxima escola a receber o material será a Paulo Esmanhoto, também no Sítio Cercado.
Na escola Professora Miracy Rodrigues de Araújo estão matriculadas 12 crianças especiais, sendo 8 delas diagnosticadas com autismo, 2 cadeirantes e uma criança com Síndrome de Down.
Esta é a primeira vez que os brinquedos inclusivos foram levados à escola. “Todos as crianças estão gostando da experiência”, disse o vice-diretor Léu Tomazzi.
O kit é composto por uma gangorra, na qual a cadeira de rodas fica em um dos lados, para que as crianças brinquem juntas. Já o skate adaptado tem uma estrutura de apoio, com colete. Outra pessoa empurra a estrutura para simular a sensação de andar no brinquedo. E o balanço em que as crianças ficam em pé e são embaladas pelos colegas.
“O mais interessante é que todas as crianças especiais e neurotípicas brincam juntas. Se tomarmos como exemplo os autistas, a principal dificuldade deles é a interação social e como estes brinquedos fica bem mais fácil”, disse Miriam Oliveira.
Mas tudo precisa ser feito com calma para que as crianças se adaptem ao processo. “Algumas crianças precisam o vencer o medo num primeiro momento”, explica a tutora Aline Nogueira.
A menina Alícia resistia a usar os brinquedos inclusivos, mas com a passar dos dias acabou gostando da experiência. “Os brinquedos são para isso mesmo, permitir que as crianças se soltem e interajam com os colegas”, reforçou.