Curitiba manteve a trajetória de recuperação no mercado de trabalho em julho e fechou os primeiros sete meses de 2019 com um saldo de 15.632 novos empregos com carteira assinada. O número é quase o dobro do saldo registrado no mesmo período do ano passado (7.880 vagas).
Com o resultado, Curitiba foi a segunda cidade do País com maior saldo de emprego no período, atrás somente de São Paulo (50.251). Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta sexta-feira (23/8) pelo Ministério da Economia.
O número da capital paranaense é o melhor dos últimos cinco anos. Em sete meses, Curitiba já superou o total de empregos criados em todo ano passado, de 13.681 vagas. O saldo de vagas do Caged é medido pela diferença entre contratações e demissões no período.
Curitiba respondeu, sozinha, por 38% do saldo de vagas no Paraná de janeiro a julho, de 40.537 vagas
O economista e superintendente do trabalho da Fundação de Ação Social (FAS), Fabiano Vilaruel, destaca que o ambiente mais favorável a investimentos dos empresários na capital é fundamental para o destaque obtido por Curitiba no âmbito nacional.
Segundo ele, a postura do governo municipal de romper com velhos hábitos da gestão pública faz a diferença, bem como adotar políticas que favorecem a abertura de empresas, investir na qualificação dos trabalhadores e na infraestrutura da cidade e valorizar o cidadão.
"Curitiba trouxe de volta a segurança que os empregadores precisavam para querer investir na cidade e abrir novos postos de trabalho formal”, diz Fabiano Vilaruel.
Projetos de incentivo municipal a empresas inovadoras – dentro do programa Vale do Pinhão –, inauguração de novos empreendimentos comerciais na cidade e programas de capacitação de mão de obra e de apoio ao empreendedorismo são fatores que estão ajudando a melhorar o mercado de trabalho na cidade.
Setores em alta
A rápida recuperação da geração de empregos formais na cidade se concentrou principalmente no setor de serviços – principal atividade econômica do município – responsável pela criação de 11.764 vagas em sete meses, seguido pela construção civil, com 2,3 mil vagas, o comércio, com 1.105 vagas, e a indústria da transformação, com 393.
A expectativa, na opinião de Vilaruel, é de manutenção na criação de vagas até o final do ano. “Devemos manter as melhores taxas de geração de vagas entre todas as capitais. Com variação entre ser a segunda e terceira cidade do país até o final do ano”, prevê.